Jornal Nacional
A Infraero alegou urgência na montagem das estruturas e houve dispensa da licitação para o aluguel das armações. Os contratos estão sendo investigados por suspeita de irregularidades.
A Polícia Federal começou a investigar os valores pagos pelo aluguel de estruturas que deveriam ser provisórias no principal aeroporto do Maranhão.
Já faz mais de um ano que o saguão do aeroporto de São Luís funciona em tendas. O prédio antigo foi interditado pela Infraero em março de 2011 porque o teto ameaçava desabar. O terminal foi fechado para uma reforma.
Quando as tendas foram instaladas, a Infraero alegou urgência na montagem das estruturas, e houve dispensa da licitação para o aluguel das armações. Esses contratos estão sendo investigados agora por suspeita de irregularidades.
De acordo com o Ministério Público, o aluguel das tendas, pelos primeiros 180 dias, saiu por quase R$ 1,337 milhão. Seis meses depois, passado o período de urgência, foi feita uma licitação e o preço caiu bastante, para R$ 868 mil. Também foram notadas diferenças muito grandes em outros contratos parecidos.
O Ministério Público suspeita que houve um acordo entre as empresas para inflacionar os valores oferecidos no período de urgência, quando a licitação é dispensada por lei. Segundo a Polícia Federal, há indícios de parentesco entre os donos dessas empresas.
"A gente tem pessoas com sobrenomes parecidos, com sobrenomes iguais, endereços parecidos. São coisas que indicam a possibilidade de que as empresas que concorreram pertencem ao mesmo grupo", afirmou Cristiano Barbosa, superintendente da Polícia Federal do Maranhão.
A previsão inicial era de que a reforma do terminal ficasse pronta em janeiro, mas a obra ainda não foi concluída. Muitos passageiros que chegam a São Luís ficam surpresos ao encontrar tendas no lugar de um saguão.
“Quando a gente chega, tem uma imagem negativa”, afirma um homem.
A Infraero afirma que já respondeu aos questionamentos do Ministério Público Federal; que todos os aspectos da reforma no aeroporto são acompanhados pelos órgãos de controle; e que não tem conhecimento de qualquer investigação da Polícia Federal sobre o assunto.
A empresa Montart Estrutura Para Eventos, de Goiás, citada nas investigações, declarou que cobrou o preço de mercado, e que esse preço varia de acordo com o custo do frete. Outra empresa que fechou contrato com a Infraero em regime de urgência foi a São Luís Promoções e Eventos. Nenhum representante dessa empresa foi encontrado para comentar o caso.
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Um comentário:
Fala, Patrulha. Eu vi vc comentando sobre isso no tuiter ontem. haha
Deus meu... tendas em aeroportos.. daqui a pouco tentam colocar em prática aviões 14 Bis para atender à demanda da Copa.
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