Com isso, movimento parcial do mês, que estava positivo, se inverte.
Caso resultado negativo se confirme, será o primeiro desde junho.
Caso resultado negativo se confirme, será o primeiro desde junho.
Outubro pode ser primeiro mês com fluxo cambial negativo desde junho
Saíram do Brasil na semana passada US$ 3,96 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Banco Central. Com isso, o movimento parcial de outubro, que estava positivo na parcial até o dia 21 do mês passado, inverte-se e passou a ficar negativo, ou seja, com mais saída do que ingresso de recursos no país.
No acumulado de outubro, até a última sexta-feira (28), os números mostram que houve uma retirada de US$ 105 milhões da economia brasileira. Se confirmado o fluxo negativo para o mês de outubro fechado, restando a contabilização apenas do último dia útil do período (31 de outubro), será o primeiro mês com resultado negativo desde junho (saída de US$ 2,55 bilhões do Brasil).
A retirada de recursos da economia brasileira acontece em um momento de aumento das tensões nos mercados internacionais. Geralmente, quando há turbulências externas, os investidores costumam retirar recursos do Brasil, e de outros mercados emergentes, para cobrir a necessidade por fluxo de caixa, ou em busca por aplicações consideradas menos arriscadas, como os títulos dos Estados Unidos.
Contas financeira e comercial
De acordo com a autoridade monetária, cerca de US$ 1,6 bilhão saiu do Brasil na semana passada pela conta financeira – que inclui os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros.
De acordo com a autoridade monetária, cerca de US$ 1,6 bilhão saiu do Brasil na semana passada pela conta financeira – que inclui os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros.
Ao mesmo tempo, porém, houve a retirada de US$ 2,34 bilhões no país, na última semana, pela chamada conta comercial - na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação.
Parcial do ano
Já na parcial deste ano, até 28 de outubro, de US$ 68,19 bilhões entraram no Brasil, o representa um crescimento de cerca de 180% acima do ingresso registrado em todo o ano de 2010, no valor de US$ 24,35 bilhões.
Já na parcial deste ano, até 28 de outubro, de US$ 68,19 bilhões entraram no Brasil, o representa um crescimento de cerca de 180% acima do ingresso registrado em todo o ano de 2010, no valor de US$ 24,35 bilhões.
A entrada de dólares, na parcial de 2011, já é a segunda maior da história, mesmo sem o ano ter acabado, ficando abaixo apenas de 2007. Em todo aquele ano, US$ 87,45 bilhões ingressaram na economia brasileira.
Impacto na cotação do dólar
A retirada de recursos no país que foi registrada na parcial de outubro, segundo analistas, teoricamente favorece a subida do dólar. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a ficar maior.
A retirada de recursos no país que foi registrada na parcial de outubro, segundo analistas, teoricamente favorece a subida do dólar. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a ficar maior.
Após registrar forte alta em setembro, os dados mostram que está havendo um recuo da cotação do dólar em outubro. No final do mês passado, a moeda norte-americana estava cotado a R$ 1,85. Na segunda-feira passada, fim de setembro, fechou cotada a R$ 1,70.
Para o economista da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, especialista no mercado de câmbio, porém, o dólar não tem fundamentos para que sofra "exacerbação" (alta) decorrente da crise europeia.
"No nosso entender, o entorno de R$ 1,70 é o ponto de equilíbrio do preço no cenário atual, com flutuação até R$ 1,75 quando ocorrem pressão mais acentuada de demanda", avaliou ele.
Entretanto, acrescentou que o preço da moeda norte-americana tende, em seu ponto de vista, a ser mais "pressionada do final do ano em diante, quando vislumbramos performance menos benigna do fluxo cambial para o Brasil"
Fonte G1 http://t.co/lANYPzms
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