Era uma quarta-feira. no dia 25 de setembro de 2002 e o Prédio que abrigava uma hospedaria a Linda do Rosário na Rua do Rosário, 55 e levou tambem o de No.57 no qual o havia um prédio com 4 andares tendo um restaurante no térreo.
Segundo depoimento de Carlos Augusto de Jesus Marinho a Hospedagem Linda do Rosário, fazia uma OBRA IRREGULAR não fiscalizada pela Prefeitura do Rio de janeiro nem pelo CREA ( Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de janeiro). No início da noite desta quinta, o coordenador da Divisão de Vistoria da Secretaria de Urbanismo à época, Marcel David Iglicky, informou que o prédio da Rua do Rosário 57 também está condenado.
ESTADO
Benedita da Silva, então Governadora, foi ver de perto o local do acidente. Ela foi abordada por Carlos Augusto de Jesus Marinho, um dos donos do Bar e Restaurante Rosário, que funciona no térreo do edifício condenado. Chorando e de mãos dadas com a governadora, ele pediu ajuda:
- Perdi tudo e não sei o que fazer. Vinte minutos antes do desabamento, avisei aos pedreiros que faziam uma obra no prédio vizinho que havia rachaduras nas paredes. Eles não deram importância - contou.
Na tentativa de consolar o comerciante, Benedita disse que ele não deveria perder as esperanças:
- O importante é que você está vivo - afirmou a governadora.
Como encontra-se o terreno onde ocorreu o desabamento em 2002
Fonte GoogleMaps
DONOS DOS IMÓVEIS
O prédio que desabou pertencia a três portugueses e um espanhol, que compraram o imóvel do Seminário São José, em 15 de maio de 1984. Segundo consta de escritura lavrada no 22 Ofício de Notas, os donos do imóvel são: Ramiro Moura Pires, Domingos da Conceição Alves, Joaquim Correa da Costa e o espanhol Antonio Alvarez Gil.
Os estabelecimentos comerciais que funcionavam no imóvel pertenciam a outras pessoas. O bar era de
Artur Luiz Dias Lemos e
Sandra Maria Caldas de Almeida Lemos. A loja de placas e carimbos tinha dois sócios:
Roberto Pereira Silva e
Marineide Mesquita Francisco. Já o hotel que funcionava no edifício que desabou pertencia aos mesmos sócios do prédio condenado:
Walter Soares de Assumpção, Constantino Horácio Fiuza Muniz, Enrique Diaz Lopez, José Rodrigues Alvarez, José Antônio Fiuza Muniz e Horácio Fiuza Muniz.
VÍTIMAS
No acidente que vitimaram
M.das G.M.R, de 47 anos, funcionária da Caixa Econômica Federal, e
R. D., de 71 anos, professor, estavam hospedados no hotel no momento da tragédia. As buscas foram retomadas após terem sido feitas escoras no prédio vizinho, que também ameaçava desabar.
O corpo de M.das G. foi resgatado graças a tecnologias de rastreamento e um cão labrador. O outro corpo, do professor D., foi localizado logo depois. R. D., filho da vítima, não queria a divulgação do nome de seu pai em virtude das circunstâncias que envolveram sua morte, que poderiam prejudicar a sua imagem.
Carlos Augusto de Jesus Marinho que possuia um prédio germinado com a hospedaria disse:
''Eu me encontro da mesma forma, desde do momento que o meu prédio de nº 57 da rua do Rosario de minha propriedade foi atingido pelo prédio de nº 55 que desabou no dia 25 de setembro de 2002, perdi o prédio, o meu restaurante, e fiquei sem o meu sustento, e até hoje vivo essa batalha judicial, há 10 anos, e os causadores do desabamento vivem uma vida tranquila, com seus comercios e levando uma vida normal, pois passei e ainda passo necessidade diante da vagarosa justiça.''
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