sábado, 1 de maio de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Avenida Presidente Vargas #inforio

origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 


Av. Presidente Vargas, vista do prédio onde era a sede da antiga Telerj
A avenida Presidente Vargas é um dos principais logradouros da cidade do Rio de Janeiro. Projetada pelo estadista Getúlio Vargas, à época em que então era presidente do Brasil, enquanto a cidade do Rio de Janeiro ainda era capital federal da nação.
A avenida conecta a região da Leopoldina ao fim da Zona Norte à região da Candelária em 3,5 km e quatro pistas de trânsito para veículos, cada pista contando com quatro vias para circulação dos veículos, sendo duas dessas quatro pistas no sentido Candelária, e as outras duas no sentido Zona Norte; tais pistas são irreversíveis. Ao meio da avenida, passa um canal do qual se aflui o rio Maracanã, nas proximidades da antiga Estação de Ferro Leopoldina. Ele a segue em seu meio, até aproximar-se da Central do Brasil, onde é desviado, dando lugar a um calçadão, que é ora para transeuntes, e ora para flores e árvores de pequeno porte.
A avenida é de suma importância para o centro da cidade do Rio de Janeiro, pois o corta perpendicularmente em sua maior parte, passando por importantes logradouros e vias, bem como Linha Vermelha e Avenida Brasil, nas proximidades da Zona Norte, e avenidas Rio Branco e Primeiro de Março, no sentido da Candelária. Elá dá assim, acesso às principais ruas do centro, e principais estabelecimentos comerciais. Podemos dizer assim que a avenida é a porta de entrada e saída do Centro, e liga indiretamente a Zona Norte, Sul e Oeste da cidade. Em outras palavras, ela é o "centro" do centro. Entre seus estabelecimentos, podemos destacar:
Por ser uma avenida de tamanho movimento, ela é servida por diversos meios de transporte, entre os quais poderíamos ressaltar:
  • Rodoviário: Perto de seu final, às proximidades da Leopoldina, encontra-se a Rodoviária Novo Rio, e também é servida por diversas linhas e empresas de ônibus, vindas de todas as outras zonas da cidade. Principais pontos (mais movimentados): Presidente Vargas à altura da Igreja da Candelária, Camelódromo , Central do Brasil, Cidade Nova e Leopoldina.
  • Ferroviário: o principal ponto ferroviário da cidade encontra-se à margem direita de avenida: a Estação Central do Brasil. De lá partem ramais intermunicipais e para diversos bairros da cidade. De Duque de Caxias a Campo Grande, todos interligados pela Central, considerando também as interligações com outros meios de transporte que ali se dão, tais como: Trem - Metrô, Ônibus - Metrô, Ônibus - Trem.

História


Foto antiga (provavelmente anos 70)
A avenida foi inaugurada na década de 1950. Para isso inúmeros cortiços e casebres antigos, que abrigavam a zona do meretrício na Centro da cidade do Rio de Janeiro foram demolidos. Em seu primeiro qulômetro, as edificações tem seu entorno uma altura máxima padrão de 70 metros. Na época a avenida foi inspirada em similares vias levantadas pelo partido dominante na Alemanha, que eram conhecidos por seu rigor em padrões matemáticos, à época.

Desde os tempos de D. João VI já se pensava em construir um canal navegável ligando o mar ao Rocio Pequeno, atual Praça Onze de Junho, que só recebeu este nome depois da Guerra do Paraguai, em homenagem ao dia em que a esquadra do Almirante Barroso venceu a Batalha do Riachuelo. O canal teria como objetivo secar um enorme pântano existente próximo da Cidade Nova, que era um foco de doenças, mosquitos e exalações desagradáveis.
Mas só em 1857, foi iniciada a construção do Canal do Mangue, que foi a maior obra de saneamento do Rio de Janeiro, na época do Império, que possibilitou a extinção da Lagoa da Sentinela e dos pantanais de São Diogo, que iam até quase o Campo de Santana. A obra foi contratada ao Barão de Mauá, que a inaugurou juntamente com sua fábrica de gás para iluminação pública e doméstica que ficava próxima do Rocio Pequeno.
No Governo de Henrique de Toledo Dodsworth, a idéia de prolongar a Avenida do Mangue até o Cais dos Mineiros, atual Arsenal da Marinha, foi posta em prática e foi aberta a Avenida Presidente Vargas, que recebeu este nome em homenagem ao então Presidente Getúlio Vargas. Para abrir a Avenida muitos desafios foram enfrentados, foram demolidos 525 prédios, desapareceram velhas ruas, enfrentou-se a oposição de muitos seguimentos. A Avenida tem 2.040 metros de extensão no trecho até a praça Onze, mas incluindo a parte já existente até a Praça da Bandeira sua extensão é de 4 quilômetros, sua largura atinge 80 metros da Candelária até a Praça Onze e 90 metros no trecho do Canal do Mangue.
A Avenida Presidente Vargas, atualmente representa o maior canal de tráfego da cidade, comunicando o centro comercial da cidade aos viadutos da Ponte dos Marinheiros, que a partir daí fazem sua distribuição pela populosa Zona Norte.

Corredor cultural

Às margens da Presidente Vargas podemos encontrar inúmeros ícones da capital fluminense.
Na Cidade Nova, encontra-se o Arquivo da Cidade, o Sambódromo, a Praça Onze, a sede da Prefeitura, o prédio-sede dos Correios e a quadra da escola de samba São Clemente, embora ela seja do bairro de Botafogo, assim como a maioria seus componentes.
Na região da Central do Brasil, temos a estação homônima de trens metropolitanos, o Palácio Duque de Caxias e o Campo de Santana.




Foto mostrando a derrubada de prédios para a abertura da Avenida Presidente
Vargas, mostrando em primeiro plano a demolição da Igreja de São Pedro
dos Cléricos. Folheto de propaganda de uma exposição:
Réquien pela Igreja de São Pedro, um Patrimônio Perdido.









Igreja de São Pedro dos Cléricos, foto de
Marc Ferrez.

Igreja de São Joaquim, foto copiada do site
do Colégio Pedro II, na Internet.

Na abertura da Avenida foram demolidas três importantes igrejas da cidade: a de São Pedro dos Cléricos, a de Bom Jesus do Calvário e a de São Domingos, só foi preservada a Igreja da Candelária, que teve sua grandiosidade e imponência respeitada e em torno dela, surgiu a Praça Pio X, com a Avenida passando ao seu redor.
A Igreja de São Pedro dos Cléricos foi demolida, em 1944. Era uma das mais importantes Igrejas da cidade, sendo a maior jóia do Barroco carioca e a única na cidade a externar suas características na sua fachada, seu interior foi totalmente decorado por Mestre Valentim, apresentando uma talha em estilo Rococó. Sua construção datava de 1733.
A Igreja de São Joaquim, que ficava ao lado do Colégio Pedro II, foi também demolida, na grande reforma de Pereira Passos, em 1904, para alargar a Rua Estreita de São Joaquim e abrir a atual Avenida Marechal Floriano.


Vista da Praça em frente à Igreja da
Candelária e a parte final da Avenida
que vai terminar no Arsenal de Marinha.

Vista de prédios da Praça Pio X, em volta da Igreja da Candelária.

Vista do lado esquerdo da Av. Presidente Vargas, com o
busto de Pereira Passos.

Vista do lado direito da Av. Presidente Vargas.

Vista dos prédios de ambos os lados da Avenida Presidente
Vargas, tirada da Praça atrás da Igreja da Candelária.

Edifício Herm Stoltz na esquina da Avenida
Rio Branco, representativo da arquitetura
dos anos de 1950. Nele atualmente
funciona a sede da Eletrobrás.
Vistas da Avenida tiradas de um prédio próximo da esquina com a Avenida Passos, tendo ao fundo a
Igreja da Candelária.

Camelódromo na esquina com a Rua Uruguaiana.

Edifício onde funciona o Detran, próximo
da Avenida Passos.

Vista da Biblioteca Pública do Estado, na esquina com a
Praça da República, tendo ao fundo a Igreja de
São Jorge e o Campo de Santana.

Vista da Avenida, no trecho depois
do Campo de Santana, tiradas de um prédio
próximo da esquina com a Avenida Passos.

Vista do Sambódromo e do Elevado de
acesso ao Túnel Santa Bárbara que
cruza a Av. Presidente Vargas.
Foto tirada de Santa Teresa.

Vista do Sambódromo - Passarela do Samba, projetada pelo
arquiteto Oscar Niemeyer, em 1984, para o grande desfile de
Escolas de Samba do Carnaval Carioca. Durante o ano nos
locais onde ficam os camarotes funciona uma Escola.
A Ponte dos Marinheiros, que era de madeira, foi reconstruída em pedra e depois asfaltada, resistindo até o
Governo de Carlos Lacerda, quando surgiu o conhecido Trevo dos Marinheiros, um notável emaranhado de
elevados e viadutos que eliminou os cruzamentos de um dos locais de maior movimento de trânsito da cidade.

Vista da Avenida e do Canal do Mangue, tirada da passarela
de pedestres que atravessa a Avenida. Pode ser visto
também parte do prédio da Empresa de Correiros e Telégrafos.

Edifício sede da Empresa de Correios e
Telégrafos, construído na década de 1970.
A foto foi tirada antes de ser construído
o prédio do Tele-Porto ao seu lado.

Vista do prédio do Tele-Porto, um dos
mais modernos da cidade, construído
na década de 1990.

Vista do prédio onde funciona a Prefeitura do Rio de Janeiro,
vendo-se uma parte do seu anexo e a passarela sobre
a Avenida Presidente Vargas.
Centro Administrativo São Sebastião, edifício que abriga a sede da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro,
projetado pelo arquiteto Marcos Konder Netto e construído entre 1973 e 1982.



Ver também



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