O GLOBO
Candidatos momentos antes do início do debate
MARCELO CARNAVAL
RIO — No final do primeiro debate entre prefeitáveis no Rio, os candidatos de oposição ao prefeito Eduardo Paes (PMDB)criticaram a postura do candidato peemedebista de não responder aos questionamentos sobre os problemas de cidade. Paes, que chegou sem falar com a imprensa, adotou o mesmo expediente na saída e não atendeu os jornalistas. É a primeira vez em que os cinco principais candidatos à prefeitura se encontraram nestas eleições.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) assumiu a postura de vitorioso do confronto após o programa. Rodrigo Maia (DEM) disse que pretende construir a vitória ainda no primeiro turno. Para a verde Áspasia Camargo, o debate deixou a desejar e houve pouco tempo para o eleitor possa conhecer as propostas dos candidatos. Otávio Leite (PSDB) se disse “sem sorte” por não ter tido a oportunidade de ter a chance de perguntar ao prefeito e ao candidato do PSOL.
— A gente foi bem no debate. Nos tornamos mais conhecidos. A tendência é a gente crescer para ir ao segundo turno — disse Freixo que ainda atacou mais uma vez Paes. — Eduardo não conseguiu responder as questões mais importantes. Não respondeu sobre o seu silêncio em relação ao metrô e mostrou que não conhece os resultados da educação pública.
Uma das expectativas para o debate era o confronto entre Rodrigo Maia e Paes. Por dois blocos, o filho do ex-prefeito Cesar Maia teve a oportunidade de perguntar a Paes e não o fez. Ao ser questionado sobre o assunto, o candidato do DEM disse que foi uma estratégia e negou ter algum tipo de receio de confrontar o atual mandatário.
— Eu tinha perguntas para todos, mas no contexto em que você é o primeiro acaba montando a sua estratégia. Eu achei melhor montar a minha em cima de temas onde eu sei que o Freixo ia levantar a bola para eu complementar as respostas dele — se esquivou Maia.
O tucano Otávio Leite deixou para o fim os ataques aos seus adversários. Na entrevista coletiva após o debate, concentrou suas munições contra o prefeito e Freixo:
— Queria questionar o prefeito sobre a taxa de iluminação. Ele disse que não ia criar e criou. Foi a proposta que ele tinha apresentado na campanha (passada). Já ao Freixo, sobre o seu conhecimento da cidade. Ele chegou outro dia ao Rio e é preciso sim ser um síndico (para governar a cidade). Se você não conhece o que acontece nas zonas Norte e Oeste, acaba revelando que não pode ser prefeito — disse o tucano em uma clara referência ao programa do CQC da última segunda-feira, onde Freixo se atrapalho ao responder uma pergunta sobre um bairro fictício.
Com os olhos vermelhos por conta de uma conjuntivite, Áspasia Camargo avaliou positivamente sua participação no debate, mas disse que a discussão dos problemas da cidade não se esgotam em um único programa de TV.
— Temos que aprofundar mais a discussão sobre os problemas da cidade. É preciso reformular a saúde pública municipal. Além de se discutir o problema da regularização fundiária já que metade da população do Rio vive em áreas irregulares. Seja em favelas ou em condomínios — afirmou a verde.
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