Do UOL, em São Paulo
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O Banco Central decidiu pela intervenção no Cruzeiro de Sul porque a família controladora do banco não cumpriu com requerimento de apresentar garantia de R$ 1 bilhão para cobrir as necessidades do banco, afirmou nesta terça-feira (5) o diretor de Relações com Investidores da instituição, Fausto Vaz Guimarães Neto.
Nesta segunda-feira (4), o Banco Central anunciou uma intervenção de 180 dias no Banco Cruzeiro do Sul (CZRS4.SA), após identificar o descumprimento de regras do sistema financeiro, que podem ter resultado num rombo de pelo menos R$ 1,2 bilhão.
A diretoria do banco foi destituída e, em seu lugar, assumiu o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC é administrado pelos próprios bancos e tem como objetivo garantir os depósitos dos clientes em caso de quebra da instituição financeira.
Há suspeitas de fraudes contábeis para encobrir rombos no orçamento do banco. A PricewaterhouseCoopers vai realizar uma auditoria na instituição e o Fundo Garantidor de Crédito espera vender o Cruzeiro do Sul ao fim do processo.
Na semana passada, as ações do banco desabaram 37% na Bovespa, em meio a rumores de que estava sendo negociada sua venda para o BTG Pactual (BBTG11.SA). A negociação com ações do Cruzeiro do Sul foi suspensa e deve durar pelo menos dois meses.
O Cruzeiro do Sul atua principalmente no crédito consignado e na oferta de empréstimos de curto prazo a empresas atrelados a recebíveis. A carteira total de financiamentos da instituição era de R$ 7,6 bilhões o fim do primeiro trimestre.
Segundo o BC, a intervenção não afeta os negócios do Cruzeiro do Sul, que continuarão afuncionar normalmente. O Fundo que administra o banco temporariamente garante até R$ 70 mil por cliente.
(Com informações de Reuters)
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