Ela pode ter tido derrame perto do nervo ótico; há suspeita de trombofilia.
Para médica, caso não requer internação, mas só internada ela será tratada.
Do G1 RJ
Uma jovem de 19 anos corre o risco de ficar cega e tenta há sete meses um tratamento na rede pública de saúde doRio de Janeiro. Rafaela Amaral já procurou três hospitais e outras duas instituições de saúde. Até esta terça-feira (1º), ela ainda não começou a receber a medicação adequada.
A jovem está no 3º período da faculdade de pedagogia e faz estágio numa escola municipal. Em setembro do ano passado, ela começou a sentir dor de cabeça e ficou com a vista embaçada. Por causa das limitações, Rafaela mudou de função no estágio e tem medo de ficar cega.
"Já acordei sem enxergar. Perdi a visão da direita em 100% e da esquerda está danificada", disse a estudante, em entrevista ao RJTV. "Tenho faculdade, tenho trabalho, tenho sonhos, e não queria que isso fosse atrapalhado", completou Rafaela.
A família procurou vários hospitais, entre eles, o Hospital do Fundão e o Hospital da Lagoa, na Zona Sul. Neste último, o exame de sangue e a ressonância magnética apontaram a suspeita de trombofilia, uma disposição para formação coágulos. A jovem pode ter tido um derrame perto do nervo ótico.
Segundo a família, a hematologista da unidade, para confirmar o diagnóstico, iria pedir mais 16 exames, que não podem ser feitos no Hospital da Lagoa. A família iria gastar R$ 20 mil, mas a médica tirou suas esperanças ao afirmar que, mesmo com os exames nas mãos, Rafaela não teria acesso ao tratamento com medicamentos, pois este só seria fornecido a pacientes internados.
"O hospital dispõe do tratamento, mas eles selecionam, só para o caso de internados. Eles não liberam o tratamento para o ambulatório. Perguntei à doutora por que não internamos ela. E ela disse que o caso da Rafaela é grave, é urgente, mas não é caso de internação. É caso de tratamento", disse o pai da jovem, Wilson Amaral.
"Eu gostaria que o tratamento dela fosse para amanhã, para que não tenha que acordar e ter que dar a mão para minha filha para ela poder dar andar pela casa, porque a dificuldade dela está sendo muita", desabafou Adriana Amaral, mãe de Rafaela.
A direção do Hospital Federal da Lagoa disse que vai acompanhar o caso da Rafaela e marcou um horário para atendê-la ainda nesta semana
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