O balanço vem semanas após BB e Caixa Econômica Federal iniciarem cortes de juros
Fachada do Banco do Brasil. A instituição teve lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, queda de 14,7% na comparação anual (Ricardo Moraes)
O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 2,5 bilhões de reais, queda de 14,7% na comparação anual, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, em meio a maiores provisões para perdas diante da tendência de aumento da inadimplência.
Sem considerar efeitos extraordinários, o maior banco do país em ativos apurou lucro recorrente de 2,7 bilhões de reais entre janeiro e março, o que equivale a recuo de 7,5% ano a ano.
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De um lado, o banco viu sua carteira de crédito crescer 19% no espaço de 12 meses encerrado em março, para 473,1 bilhões de reais.
Em contrapartida, o BB teve despesas com provisões para perdas com devedores duvidosos de 3,576 bilhões de reais no período, um crescimento de 36% em um ano e o maior nível desde pelo menos o quarto trimestre de 2009.
O índice de inadimplência da carteira, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 2,2%, ligeiramente maior ante os 2,1% em igual etapa de 2011.
Os números vêm semanas após BB e Caixa Econômica Federal abrirem uma fase de cortes agressivos de juros em várias linhas para empresas e pessoas físicas, em meio aos esforços do governo para baixar o spread bancário – diferença entre os juros pagos pelos bancos ao captarem recursos e o custo dos empréstimos feitos aos clientes.
Isso, num momento em que os calotes não param de subir. Bradesco, Itaú Unibanco eSantander Brasil já divulgaram seus resultados do trimestre, em todos os casos afetados por maior inadimplência, que os fez aumentar as previsões para perdas.
Os ativos do BB somavam 1 trilhão de reais ao final de março, crescimento de 16% sobre um ano antes.
(Com agência Reuters)
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