quinta-feira, 24 de maio de 2012

#COPA2014 - Com atrasos, comentaristas temem Copa 2014 mais cara e sem legado


Fábio Seixas e Renato Maurício Prado acreditam em risco de estouro de orçamento, CANCELAMENTO de licitações e de obras de infraestrutura
          
Por SporTV.com



Na quarta-feira, o Governo Federal divulgou um balanço das obras para a Copa do Mundo de 2014, incluindo estádio, mobilidade urbana e infraestrutura. De acordo com os números, somente 5% das 101 intervenções prometidas já estão prontas. Além disso, 41% dos projetos ainda não saíram do papel.

Para o colunista da "Folha de São Paulo" Fábio Seixas, a porcentagem de obras que nem sequer começaram é alta demais e, com isso, seu custos deve aumentar, por causa da urgência em conclui-las antes do início do Mundial.

- Mais importante que a estatística de obras prontas, porque ainda temos tempo para concluir, é o dado de 40% ainda não ter saído do papel. Isso realmente preocupa. E, quanto mais atrasado, mais caro fica. Porque aí se faz do jeito que dá, para ficar pronto a tempo. Já vimos isso no Pan, foi um exemplo de como o orçamento vai aumentando - disse Fábio Seixas, no"Redação SporTV" desta quinta.

O comentarista do SporTV Renato Maurício Prado acredita que as obras prometidas em infraestrutura e mobilidade urbana não são consideradas como prioridade e, com isso, frequentemente, não acontecem.

- O que mais me incomoda é a história do legado. A cada grande evento, a imprensa deveria guardar todas as promessas e, depois de pronto, conferir o que foi feito. Por exemplo, a despoluição da Baía de Guanabara foi prometida umas 300 vezes. Várias vezes, inclusive, no Pan (Americano do Rio em 2007) disseram que iam despoluir.


Castelão, 62% concluído, é o estádio mais adiantado para a Copa-2014 (Foto: Divulgação/Secopa-CE)

Renato Maurício Prado citou como exemplo o Estádio Olímpico João Havelange, inaugurado em 2007, sem que as obras para as ruas ao redor tenham sido feitas.

- O Engenhão é o exemplo. O estádio é um ovo plantado no meio de um prato. O plano para o entorno era espetacular. O entorno seria o grande legado e desenvolveria o bairro do Engenho de Dentro. Não fizeram nada. Só plantaram o estádio lá e fica um inferno em dia de jogo.

O Governo Federal promete ter 83% das obras prontas para a Copa das Confederações de 2013 e, no ano seguinte, antes da Copa do Mundo, ter concluído todas as obras.

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