domingo, 26 de fevereiro de 2012

OMISSÃO - Naufrágio, ocorrido a 900 metros da Estação Comandante Ferraz, foi omitido por 6 Ministérios; combustível está submerso

Outro acidente pode manchar imagem do Brasil na Antártica
BRASÍLIA. Além do incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, um outro acidente pode manchar, segundo ambientalistas, a imagem do Brasil na região: o naufrágio de uma embarcação que transportava 10 mil litros de combustível para a base científica brasileira. A informação foi divulgada ontem pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.


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Segundo o jornal, o governo brasileiro teria omitido o naufrágio. O acidente ocorreu em dezembro do ano passado, a pouco menos de um quilômetro da base brasileira, e até hoje não foi resolvido. O óleo que serviria para abastecer a base continua no fundo do mar, a cerca de 40 metros de profundidade. O Ministério do Meio Ambiente, que integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), informou ontem que a Marinha não relatou vazamentos.

Um navio equipado para resgate de embarcações naufragadas já teria se deslocado para o local para içar a embarcação naufragada por meio de boias e guindaste. Também participariam da operação mergulhadores brasileiros.

Segundo especialistas, é difícil prever o impacto ambiental que um vazamento causaria, por conta das condições climáticas na região, onde a temperatura mínima pode atingir 10 graus negativos no verão. Mas a quantidade de combustível é muito inferior ao limite mínimo usado pelo Ibama para considerar um vazamento de óleo como grave: 200 mil litros por dia.

— O óleo está virando uma pedra no sapato do governo. Vaza para todo lado. Só a Petrobras já registrou três vazamentos este ano. Não temos como medir as consequências de um vazamento, até porque o óleo não estaria em grande profundidade. Mas, caso vaze, vamos ter uma senhora mancha na Antártica e no histórico científico brasileiro na região — avalia Nilo D’Ávila, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.

O diesel serviria para gerar energia para o programa Proantar e estava sendo transportado por uma chata — embarcação sem tripulação de fundo plano — rebocada pela Marinha.

O secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, lembrou o acidente da americana Chevron, que ocorreu no final do ano passado na Bahia de Campos (RJ), e lembrou que o impacto ambiental de um vazamento na Antártica seria muito menor. Na ocasião, a rachadura na base de um dos poços de perfuração fez com que escapassem 382 mil litros de óleo, segundo a empresa. Esse montante vazou aos poucos, ao longo de várias semanas, e resultou em multas milionárias aplicadas pelo Ibama à empresa.

— Óleo no mar sempre preocupa. Mas o impacto ambiental depende da quantidade de óleo e da fragilidade do ecossistema. Dizer que o potencial vazamento de dois carros-pipas vai desequilibrar o ecossistema do Polo Sul é demais, um exagero — afirmou o secretário de Ambiente.



Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/outro-acidente-pode-manchar-imagem-do-brasil-na-antartica-4068977#ixzz1nUTpXow8

Um comentário:

  1. A reportagem ia bem até o momento em que Carlos Minc abriu a boca... Lembro que na ocasião do vazamento causado pela Chevron, este senhor, secretário de ambiente do RJ, disse que não havia gravidade naquele acidente... Ele falou isso sem o devido conhecimento, pois não poderia tê-lo, já que, na ocasião, a Chevron escondia há uma semana o acidente, e para o bem do mundo, quem denunciou o vazamento foi a NASA. Agora ele, Minc, diz que o vazamento na Antática é pequeno para atingir o ecossistema.
    Então que coloque o correspondente a dois carros-pipas com óleio na caixa d'água que abastece a casa dele e vê o que acontece... Mais uma vez ele perdeu a oportunidade de ficar calado, mesmo por que, esse não é um problema em que ele tem a função de dar pitacos infundados.

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