Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

IDENTIFICADO - Milionário que é funcionário do TRT-RJ e movimentou R$ 283 milhões

O Jornal Nacional confirmou com uma fonte ligada à investigação que Rogério Figueiredo Vieira é, de fato, quem realizou as 16 transações financeiras informadas pelo Coaf ao Conselho Nacional de Justiça.
 


O Jornal Nacional confirmou o nome do funcionário do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro que movimentou R$ 283 milhões. As transações financeiras, consideradas atípicas, faziam parte de um levantamento pedido pelo Conselho Nacional de Justiça. A reportagem é de Marcelo Ahmed e Mônica Teixeira.
A Polícia Federal do Rio começou a investigar Rogério Figueiredo Vieira na semana passada, com base em informações da área de inteligência, como o suposto autor de movimentações atípicas, que somaram R$ 283 milhões, realizadas em 2002. A informação foi publicada na coluna desta quinta-feira (2) do jornalista Ancelmo Goes, no jornal O Globo.
O Jornal Nacional confirmou com uma fonte ligada à investigação que Rogério é, de fato, a pessoa que realizou as 16 transações financeiras informadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, ao Conselho Nacional de Justiça.
Quando surgiu a informação de que um servidor do TRT do Rio movimentou quase R$ 300 milhões, o presidente do Coaf deu declarações à imprensa de que se tratava de um doleiro ou ex-doleiro.
Rogério Vieira ocupa o cargo de Analista Judiciário, Classe A, padrão 1. Foi nomeado para esta função em agosto de 2011. Mas, segundo, a assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho, ele é funcionário do TRT desde 1993.
Na quarta-feira (1º) e nesta quinta-feira, o Jornal Nacional tentou localizar Rogério Vieira no Tribunal Regional do Trabalho e em seu endereço residencial, um prédio de apartamentos na Tijuca, bairro de classe média na Zona Norte do Rio.“Ele mora aqui, mas não tenho visto. Eu acho que ele deve estar viajando, mas não tenho certeza. Não tenho visto essa semana”, disse uma pessoa no prédio.
A Polícia Federal espera a confirmação oficial do Coaf para ouvir Rogério Figueiredo Vieira em um inquérito que apura a suposta prática de lavagem de dinheiro.
O Tribunal Regional do Trabalho divulgou uma nota, informando que Rogério passou nove anos afastado do TRT, cedido para a Câmara dos Deputados. Segundo a nota, o servidor exerceu suas funções no tribunal até janeiro de 1998, quando foi cedido para a Câmara. Lá, ficou até dezembro de 2003. Depois de períodos de férias, licenças médicas e licenças sem vencimento, Rogério voltou ao TRT em 2007. Hoje, ele está lotado na seção de Protocolo Integrado.
No período em que esteve na Câmara, um dos lugares por onde Rogério passou foi o gabinete do então deputado federal Bispo Rodrigues. Em um depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sobre supostas fraudes na Loteria Estadual do Rio De Janeiro, a Loterj, o Bispo Rodrigues informou que Rogério Vieira foi requisitado para trabalhar na área de informática do gabinete e ficou lá por seis meses: de 26 de maio a 26 de novembro de 2003.

O OUTRO LADO
O ex-deputado Bispo Rodrigues não foi encontrado para comentar a nomeação de Rogério Vieira para o gabinete dele.


  
   

Nenhum comentário: