Membros do conselho analisaram relatório e disseram não ter dúvida sobre legalidade
Carolina Brígido
André de Souza
BRASÍLIA - Após um ano de polêmicas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) retomou nesta quinta-feira as atividades de 2012. Em uma reunião a portas fechadas com mais de quatro horas de duração, o presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, convenceu os conselheiros de que não houve irregularidade na compra de um banco de dados por R$ 44 milhões pelo CNJ.
Os conselheiros divulgaram uma nota à imprensa dizendo que “os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declaram não ter dúvidas em relação à legalidade e/ou regularidade do processo licitatório em questão”. Em seguida, a diretora-geral do órgão, Gláucia Elaine de Paula, deu entrevista para dizer o mesmo.
Dos 15 integrantes do CNJ, não estavam presentes a corregedora ministra Eliana Calmon, o juiz José Lúcio Munhoz, o juiz José Guilherme Werner e o desembargador Fernando Tourinho Neto. Gláucia negou que a reunião tenha sido tensa:
- Não foi uma reunião tensa, foi tranquila. O presidente pediu a reunião para conversar com os conselheiros e, ao fim, quem tinha dúvidas declarou que estava tudo esclarecido.
As denúncias de supostas irregularidades vieram à tona por meio do promotor Gilberto Valente, conselheiro do CNJ. Ele fez um relatório dizendo que a licitação padece de “vícios insanáveis” e precisa ser anulada. O conselheiro fez um pente fino nos documentos relativos à compra de um software da empresa Oracle, ocorrida em dezembro, e começou a apurar melhor o caso depois que a IBM apontou suposto direcionamento para a vitória da concorrente.
Valente argumenta que a emissão do empenho para a empresa vencedora foi feito em 20 de dezembro, antes de o contrato do objeto licitado ser firmado, no dia 21 de dezembro.
Gláucia explicou que a licitação foi homologada no dia 22 e o empenho só foi feito no dia 23. Ela também esclareceu que não foi feito pagamento:
- Até hoje, não houve pagamento algum.
Gláucia afirmou que os argumentos de Peluso convenceram Valente, que estava na reunião. A íntegra do Relatório de Atividades do CNJ foi aprovada na quinta-feira e será nesta sexta-feira.
Multinacional é especializada em sistemas de dados
Fundada em Santa Clara, Califórnia, em junho de 1977, a Oracle, ainda hoje, é quase sinônimo de banco de dados. É uma das companhias de software mais respeitadas do mundo, com 108 mil empregados espalhados por diversos países, e uma das maiores em receita com software, atrás apenas da Microsoft. O total de seus ativos hoje é de US$ 73,5 bilhões, e a receita em 2011 chegou a US$ 35,6 bilhões.
Os sistemas de bancos de dados da empresa, capitaneada pelo diretor-executivo Larry Ellison, tornaram-se populares rapidamente devido ao uso da linguagem de programação C, compatível com vários ambientes de tecnologia da informação (TI) corporativa e diferentes sistemas operacionais. Mas a empresa também atua em outras áreas corporativas, com softwares para áreas como ERP (Enterprise Resource Planning) e CRM (Customer Relationship Management), entre outras. O número de seus clientes no mundo chega a 370 mil, segundo dados da empresa.
Em junho de 2010, a Oracle adquiriu a Sun Microsystems, inventora da linguagem Java, por US$ 7 bilhões. Larry Ellison, hoje com 67 anos, figura na Forbes como o quinto homem mais rico do mundo (o terceiro nos Estados Unidos), com uma fortuna de US$ 39,5 bilhões.
Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/cnj-nao-ve-problemas-em-licitacao-de-sistema-de-banco-de-dados-3767432#ixzz1keHBSrif
André de Souza
BRASÍLIA - Após um ano de polêmicas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) retomou nesta quinta-feira as atividades de 2012. Em uma reunião a portas fechadas com mais de quatro horas de duração, o presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, convenceu os conselheiros de que não houve irregularidade na compra de um banco de dados por R$ 44 milhões pelo CNJ.
Os conselheiros divulgaram uma nota à imprensa dizendo que “os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declaram não ter dúvidas em relação à legalidade e/ou regularidade do processo licitatório em questão”. Em seguida, a diretora-geral do órgão, Gláucia Elaine de Paula, deu entrevista para dizer o mesmo.
Dos 15 integrantes do CNJ, não estavam presentes a corregedora ministra Eliana Calmon, o juiz José Lúcio Munhoz, o juiz José Guilherme Werner e o desembargador Fernando Tourinho Neto. Gláucia negou que a reunião tenha sido tensa:
- Não foi uma reunião tensa, foi tranquila. O presidente pediu a reunião para conversar com os conselheiros e, ao fim, quem tinha dúvidas declarou que estava tudo esclarecido.
As denúncias de supostas irregularidades vieram à tona por meio do promotor Gilberto Valente, conselheiro do CNJ. Ele fez um relatório dizendo que a licitação padece de “vícios insanáveis” e precisa ser anulada. O conselheiro fez um pente fino nos documentos relativos à compra de um software da empresa Oracle, ocorrida em dezembro, e começou a apurar melhor o caso depois que a IBM apontou suposto direcionamento para a vitória da concorrente.
Valente argumenta que a emissão do empenho para a empresa vencedora foi feito em 20 de dezembro, antes de o contrato do objeto licitado ser firmado, no dia 21 de dezembro.
Gláucia explicou que a licitação foi homologada no dia 22 e o empenho só foi feito no dia 23. Ela também esclareceu que não foi feito pagamento:
- Até hoje, não houve pagamento algum.
Gláucia afirmou que os argumentos de Peluso convenceram Valente, que estava na reunião. A íntegra do Relatório de Atividades do CNJ foi aprovada na quinta-feira e será nesta sexta-feira.
Multinacional é especializada em sistemas de dados
Fundada em Santa Clara, Califórnia, em junho de 1977, a Oracle, ainda hoje, é quase sinônimo de banco de dados. É uma das companhias de software mais respeitadas do mundo, com 108 mil empregados espalhados por diversos países, e uma das maiores em receita com software, atrás apenas da Microsoft. O total de seus ativos hoje é de US$ 73,5 bilhões, e a receita em 2011 chegou a US$ 35,6 bilhões.
Os sistemas de bancos de dados da empresa, capitaneada pelo diretor-executivo Larry Ellison, tornaram-se populares rapidamente devido ao uso da linguagem de programação C, compatível com vários ambientes de tecnologia da informação (TI) corporativa e diferentes sistemas operacionais. Mas a empresa também atua em outras áreas corporativas, com softwares para áreas como ERP (Enterprise Resource Planning) e CRM (Customer Relationship Management), entre outras. O número de seus clientes no mundo chega a 370 mil, segundo dados da empresa.
Em junho de 2010, a Oracle adquiriu a Sun Microsystems, inventora da linguagem Java, por US$ 7 bilhões. Larry Ellison, hoje com 67 anos, figura na Forbes como o quinto homem mais rico do mundo (o terceiro nos Estados Unidos), com uma fortuna de US$ 39,5 bilhões.
Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/cnj-nao-ve-problemas-em-licitacao-de-sistema-de-banco-de-dados-3767432#ixzz1keHBSrif
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