Sequestros-relâmpago apavoram professores de medicina no Fundão
Bandidos agem pela manhã; desde outubro já houve cinco registros
Simone Candida
Aumentou o número de assaltos no estacionamento do Hospital do FundãoMarcelo Piu / O Globo
RIO - O medo da violência ronda o campus da UFRJ, na Ilha do Fundão. Uma série de sequestros-relâmpago de professores — quase sempre de manhã — vem ocorrendo na Faculdade de Medicina, onde mestres vêm sendo rendidos e assaltados por homens armados no estacionamento do Hospital Universitário, como informou na quinta-feira Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. Entre outubro de 2011 e janeiro de 2012, foram cinco casos registrados, o mais recente de um médico que há 15 dias teve o carro roubado, foi obrigado a fazer saques em caixas eletrônicos e depois abandonado na Linha Vermelha, na altura de Caxias. Segundo a prefeitura do campus, em 2011 houve 17 casos de sequestro-relâmpago no Fundão.
Com medo de vingança, as vítimas fizeram registro na 37ª DP (Ilha), mas preferem não se identificar. O médico que foi roubado este mês estava chegando para trabalhar, por volta das 7h30m, e foi rendido por três homens que já o aguardavam dentro de um carro parado no estacionamento do hospital. Um dos bandidos, armado, levou seu automóvel, e os outros dois o obrigaram a entrar no outro veículo.
— Os ladrões ficaram horas rodando com a vítima pela Baixada e o obrigaram a fornecer as senhas dos cartões dos bancos. Ele perdeu R$ 4 mil, cartões, joias e o automóvel. E ficou traumatizado — contou um amigo do médico.
Segundo um outro médico do hospital, os bandidos já atacaram nos últimos quatro meses cinco colegas que chegavam cedo para atender pacientes internados. De acordo com a assessoria da prefeitura da Cidade Universitária, os estacionamentos do campus são controlados por diversas empresas.
— Estamos chocados e com medo, pois os bandidos continuam agindo. Os piores meses são sempre os de férias — diz um professor, que pede para não ser identificado.
Um outro médico conta que a abordagem dos bandidos é sempre a mesma. Eles atacam as vítimas quando estão chegando ao trabalho, pela manhã, colocam uma venda ou capuz e obrigam a pessoa a fornecer as senhas dos cartões.
A prefeitura da Cidade Universitária diz que já acionou a polícia e tem tomado providências para evitar os assaltos e sequestros-relâmpago. Mas, segundo o prefeito do campus, Ivan Ferreira Carmo, os agentes de segurança da UFRJ não têm poder de polícia. Eles atuam de forma ostensiva e, de acordo com Carmo, orientam e dão assistências às vítimas, além de chamar a Polícia Militar quando acontece algum crime no Fundão.
Número de câmeras vai aumentar
Além dos 17 sequestros-relâmpago, em 2011 foram registrados 60 furtos no Fundão: 30 de veículos; 12 em veículos e 18 de pedestres. Juscelino Ribeiro, coordenador operacional de Segurança da UFRJ, diz que a violência diminuiu desde que foram intensificadas as rondas:
— Estamos fazendo nosso trabalho: procuramos a delegacia, que vem investigando as quadrilhas, e estamos intensificando as rondas. Mas só fazemos o que é possível, pois precisaríamos de mais homens.
Segundo ele, a UFRJ conta com 14 seguranças e dez carros para percorrer estacionamentos e vias da universidade, quando seriam necessários no mínimo cem. O último concurso público para a função ocorreu há 22 anos. A assessoria de imprensa da prefeitura da UFRJ informou que alguma medidas já estão sendo tomadas: o número de câmeras que monitoram as vias vai aumentar de 16 para 56 e as quatro cabines blindadas serão reposicionadas para os pontos onde têm sido registrados os crimes, como a área entre o Centro de Ciências da Saúde (CCS) e a Escola de Educação Física
Fonte O GLobo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/sequestros-relampago-apavoram-professores-de-medicina-no-fundao-3719891#ixzz1jzgKa1T8
Bandidos agem pela manhã; desde outubro já houve cinco registros
Simone Candida
Aumentou o número de assaltos no estacionamento do Hospital do FundãoMarcelo Piu / O Globo
RIO - O medo da violência ronda o campus da UFRJ, na Ilha do Fundão. Uma série de sequestros-relâmpago de professores — quase sempre de manhã — vem ocorrendo na Faculdade de Medicina, onde mestres vêm sendo rendidos e assaltados por homens armados no estacionamento do Hospital Universitário, como informou na quinta-feira Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. Entre outubro de 2011 e janeiro de 2012, foram cinco casos registrados, o mais recente de um médico que há 15 dias teve o carro roubado, foi obrigado a fazer saques em caixas eletrônicos e depois abandonado na Linha Vermelha, na altura de Caxias. Segundo a prefeitura do campus, em 2011 houve 17 casos de sequestro-relâmpago no Fundão.
Com medo de vingança, as vítimas fizeram registro na 37ª DP (Ilha), mas preferem não se identificar. O médico que foi roubado este mês estava chegando para trabalhar, por volta das 7h30m, e foi rendido por três homens que já o aguardavam dentro de um carro parado no estacionamento do hospital. Um dos bandidos, armado, levou seu automóvel, e os outros dois o obrigaram a entrar no outro veículo.
— Os ladrões ficaram horas rodando com a vítima pela Baixada e o obrigaram a fornecer as senhas dos cartões dos bancos. Ele perdeu R$ 4 mil, cartões, joias e o automóvel. E ficou traumatizado — contou um amigo do médico.
Segundo um outro médico do hospital, os bandidos já atacaram nos últimos quatro meses cinco colegas que chegavam cedo para atender pacientes internados. De acordo com a assessoria da prefeitura da Cidade Universitária, os estacionamentos do campus são controlados por diversas empresas.
— Estamos chocados e com medo, pois os bandidos continuam agindo. Os piores meses são sempre os de férias — diz um professor, que pede para não ser identificado.
Um outro médico conta que a abordagem dos bandidos é sempre a mesma. Eles atacam as vítimas quando estão chegando ao trabalho, pela manhã, colocam uma venda ou capuz e obrigam a pessoa a fornecer as senhas dos cartões.
A prefeitura da Cidade Universitária diz que já acionou a polícia e tem tomado providências para evitar os assaltos e sequestros-relâmpago. Mas, segundo o prefeito do campus, Ivan Ferreira Carmo, os agentes de segurança da UFRJ não têm poder de polícia. Eles atuam de forma ostensiva e, de acordo com Carmo, orientam e dão assistências às vítimas, além de chamar a Polícia Militar quando acontece algum crime no Fundão.
Número de câmeras vai aumentar
Além dos 17 sequestros-relâmpago, em 2011 foram registrados 60 furtos no Fundão: 30 de veículos; 12 em veículos e 18 de pedestres. Juscelino Ribeiro, coordenador operacional de Segurança da UFRJ, diz que a violência diminuiu desde que foram intensificadas as rondas:
— Estamos fazendo nosso trabalho: procuramos a delegacia, que vem investigando as quadrilhas, e estamos intensificando as rondas. Mas só fazemos o que é possível, pois precisaríamos de mais homens.
Segundo ele, a UFRJ conta com 14 seguranças e dez carros para percorrer estacionamentos e vias da universidade, quando seriam necessários no mínimo cem. O último concurso público para a função ocorreu há 22 anos. A assessoria de imprensa da prefeitura da UFRJ informou que alguma medidas já estão sendo tomadas: o número de câmeras que monitoram as vias vai aumentar de 16 para 56 e as quatro cabines blindadas serão reposicionadas para os pontos onde têm sido registrados os crimes, como a área entre o Centro de Ciências da Saúde (CCS) e a Escola de Educação Física
Fonte O GLobo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/sequestros-relampago-apavoram-professores-de-medicina-no-fundao-3719891#ixzz1jzgKa1T8
Nenhum comentário:
Postar um comentário