quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ELEFANTE BRANCO NO RIO - Obras da Cidade da Música no Rio completam dez anos em 2012

Prefeitura informou que a entrega do espaço será no primeiro semestre.
Obra começou dia 26 de dezembro de 2002; foram gastos R$600 milhões.

Do RJTV



O início das obras da Cidade da Música, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, completa dez anos em 2012. A prefeitura da cidade informou que a entrega do espaço está programada para o primeiro semestre deste ano.

A Secretaria municipal de Obras alega que recebeu o prédio da administração do governo do ex-prefeito César Maia com várias partes apenas no concreto, sem acabamentos.

A obra começou no dia 26 de dezembro de 2002, com o objetivo de ser o principal pólo de cultura no Rio e sede da Orquestra Sinfônica Brasileira. No início, a construção estava orçada em R$ 80 milhões, mas já foram gastos R$ 600 milhões - valor sete vezes maior do que o previsto. As despesas foram consideradas ''farra com dinheiro público" pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta pela Câmara os Vereadores em 2009. O relatório da CPI apontou indícios de fraudes em licitações e superfaturamento de preços nas obras.

MP denuncia empresas O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou quatro empresas e ainda seis pessoas que seriam responsáveis pela obra. Entre os denunciados, está César Maia, que responde por improbidade administrativa.
O ex-prefeito do Rio informou que a Cidade da Música deveria ter sido inaugurada em 2008, mas que houve atraso por causa dos Jogos Panamericanos sediados na cidade. Ele disse ainda que tentativas de desgastar seu governo com informações falsas impediram que a inauguração acontecesse antes das eleições de 2010.

Ao longo dos anos, as obras foram paralisadas diversas vezes e anunciadas como concluídas. Em dezembro de 2008, César Maia chegou a fazer uma cerimônia de inauguração. Mas a conclusão foi deixada para o governo de Eduardo Paes, que rebatizou o local para o nome de Cidade das Artes. A gestão atual afirma ter gasto R$ 84 milhões e nunca ter paralisado as obras.

O diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira, Fernando Bicudo, diz que a orquestra já tem um programa para o espaço: “Nós da OSB estamos ansiosos para vir para casa. Nós não podemos esperar mais, porque uma orquestra para ser excelente ela precisa ter excelentes instalações”. 

Fonte G1 http://t.co/PutVdrpr


    

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