quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LAVAGEM DE DINHEIRO E CONTRABANDO - Diguinho e Emerson na mira da justiça

Boleiros na mira da Justiça Federal

Diguinho e Emerson podem responder por lavagem de dinheiro e contrabando de BMW

POR GABRIELA MOREIRA


Rio - Os jogadores de futebol Diguinho, do Fluminense, e Emerson, do Corinthians, estão com problemas para explicar à Justiça Federal a compra de uma BMW X6 branca, adquirida no fim do ano passado pelo corintiano e depois vendida ao tricolor. A transação foi investigada na operação Black Ops, da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal, que teve como alvo a importação ilegal de veículos e contrabando através de empresas de bicheiros.

Diguinho (E) e Emerson atuaram pelo Fluminense no ano passado | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), eles não conseguiram explicar a transação e podem responder por contrabando e lavagem de dinheiro. Segundo parecer do MPF, Diguinho ‘sabia bem da ilicitude da operação. Sua ciência do contrabando da lavagem de dinheiro é evidente’. O MPF negou o pedido do atleta de restituição da BMW, apreendida.

Ainda segundo o processo que corre na 3ª Vara de Justiça Federal, o meio-campo Diguinho agiu de ‘má-fé’ e seu comportamento ‘evidencia lavagem de dinheiro pela criação artificial de uma cadeia de compra e venda’.

A BMW que Diguinho tenta reaver foi trazida ao País de forma ilegal, pois tratava-se de um veículo usado, o que é proibido pelas leis de comércio exterior. Para dificultar a investigação da transação fraudulenta, diz o MPF, foram emitidas cinco notas fiscais entre Emerson, Diguinho e a loja que intermediou a importação.

O advogado do jogador, Itamar Gomes de Jesus, não retornou os pedidos de entrevista feitos ao seu escritório. O assessor de imprensa do atleta, que estava ontem com Diguinho no Rio Grande do Sul, disse que o advogado informou que precisava de um dia para retornar a ligação com as explicações sobre a transação.

Valores diferentes
No processo, os advogados informaram que Diguinho comprou a BMW em 10 de março deste ano, por R$ 315 mil, do jogador Emerson. O valor é superior ao da nota fiscal levantada pelas investigações. No documento, o valor declarado é de R$ 200 mil (sendo R$ 160 mil a quantia bruta, mais R$ 40 mil de impostos). O advogado do atacante Emerson, Ricardo Cerqueira, informou que ‘seu cliente é vítima na transação’





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