INCOMPETÊNCIA E FALTA DE RESPEITO NO RIO - Motorista sofre para fazer até uma simples vistoria

Detran arrecada R$ 862 milhões, mas motorista sofre para fazer até uma simples vistoria

  Raquel Ribeiro Foto: Bruno Gonzalez

POR Antero Gomes, Bruno Rohde e Talita Corrêa 
A compra de um veículo significa o início de uma série de taxas para o motorista. Os valores cobrados pelo Detran são parte dessa conta. Apesar de a instituição ter arrecadado mais de R$ 862 milhões até novembro deste ano, de acordo com informações divulgadas pelo próprio órgão em seu site, isso não significa excelência de atendimento. As queixas a respeito do Detran são diárias.

O empresário Alexandre Galvão, de 39 anos, esteve ontem no posto Santa Luzia e saiu insatisfeito com o serviço:

— Gostaria de entender porque o Detran anda fechando postos se a demanda de carros é cada vez maior e a arrecadação do governo também. O Santa Luzia é sempre lotado e mais: o sistema cai a todo momento enquanto esperamos na fila.

Já o taxista Luciano, de 30 anos, demorou de 10h às 17h30m para regularizar seu veículo no posto Estácio.

— Demorou três horas até eu receber a informação de que a documentação não estava completa — disse.

No mesmo posto, os motoristas reclamavam da falta de estrutura. Um funcionário, que pediu para não ser identificado, reconheceu o problema:

— A descarga do banheiro quebrou na segunda e pedimos para consertar. Já fizemos pedido para consertar o ar-condicionado há uns três meses também, mas não vieram.

Para tentar amenizar o problema das filas nas vistorias, o Detran informou que está oferecendo, desde ontem até domingo, 9.400 vagas. Serão 5.300 vagas na Região Metropolitana e 4.100 nos interior

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