São Paulo terá consultório móvel para tratar viciados em crack, diz ministro da Saúde
FÁBIO BRANDT
DE BRASÍLIA
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), disse em entrevista ao UOL e à Folha que enviará dinheiro, até o próximo mês, para que a cidade de São Paulo implemente consultórios móveis especializados no atendimento de viciados em drogas.
Leia a transcrição da entrevista de Padilha à Folha e ao UOL
Veja galeria de fotos da entrevista com o ministro
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As unidades --chamadas “consultórios de rua”-- são como “trailers” que funcionarão 24 horas. As equipes, compostas por médicos, enfermeiros e psicólogos, terão autonomia para decidir pela internação involuntária dos pacientes, disse o ministro. “Se o profissional de saúde avaliar que aquela pessoa corre risco de vida, nós temos protocolos claros da internação involuntária, inclusive defendida pela Organização Mundial da Saúde”, afirmou.
O ministro falou sobre o assunto no programa “Poder e Política – Entrevista”, conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.
No Brasil, segundo Padilha, já há 80 consultórios de rua em cidades grandes. São Bernardo, Osasco, Goiânia e Brasília são algumas das cidades pioneiras no projeto, iniciado em 2010
LULA, DILMA E ELEIÇÃO
Padilha falou sobre polêmica suscitada com o início do tratamento que o ex-presidente Lula faz de um câncer na laringe. Para ministro, o plano médico do líder petista deve custear o tratamento porque foi pago regularmente. Mas disse que a polêmica é oportuna para levantar debate sobre necessidade de se melhorar do SUS.
Sobre a participação do PT na próxima eleição presidencial, em 2014, Padilha afirmou que decisão “vai acontecer no momento certo” e que caberá à presidente Dilma conduzir as discussões.
A seguir, trechos em vídeo da entrevista de Alexandre Padilha. Mais abaixo, vídeo com a íntegra da entrevista. A transcrição está disponível em texto.
2 comentários:
Com todo respeo ao objetivo, que é nobre, mas acho que uma ação desta dependerá de os dependentes químicos desejem ajuda. Como qualquer consultório, o desejo do paciente é que ditará os caminhos de sua desintoxicação. Já existem os Caps-ad para isto... não seria mais producente se houvesse maior investimento neles? Consultórios de rua para viciados podem dar uma conotação de que os caps-ad estão falhando... é só uma questão de vontade política...
mas não podemos deixar a pessoa ficar usando a droga até morrer. Como fazer?
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