Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 1 de novembro de 2011

REMÉDIOS - Preço de genérico varia até 951% em farmácias do País

Pesquisar dentro do bairro onde mora já garante gasto menor com os medicamentos
   
Rio - Os preços dos remédios mais vendidos nas farmácias têm variado mais que a saúde de seus próprios doentes. Uma pesquisa do Procon-SP mostrou que o preço dos medicamentos pode variar em torno de 951%, a exemplo do anti-inflamatório Diclofenaco Sódico (50 mg). No Rio, o popular Paracetamol (750 mg) tem variação de 271%. Diante dos disparates, pesquisar preços e exigir descontos são os caminhos da economia.

Nas farmácias cariocas, conforme O DIA constatou em quatro grandes redes de varejo, os dez remédios genéricos mais vendidos sofrem variações grandes de preço.
Um dos campeões para tratar dores no estômago, o Omeprazol (20 mg), é vendido de R$ 12,90 a R$ 39. A variação fica em 200%. Outro medicamento que tem preço instável é o regulador de pressão Captopril (25 mg), com variação de 174%, ficando nas prateleiras entre R$ 5,95 a R$ 16,30. O Paracetamol é encontrado de R$7,40 a R$ 1,99, uma variação de 271%.

Em São Paulo, o genérico com a maior diferença de preço foi o Diclofenaco Sódico (50 mg) encontrado em um estabelecimento por R$ 9,36, em outro, por R$ 0,89, uma diferença de R$ 8,47 entre os dois locais na cidade.

Para o coordenador da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Luciano Lobo, o método de procura é uma dica valiosa: “Tem que gastar sola de sapato mesmo. Hoje há uma farmácia ao lado da outra praticamente. Dá para fazer pesquisa do bairro onde mora e conseguir preços mais em conta”, aconselha.

A peregrinação por preço mais baixo

A aposentada Patrícia Bárbara Xavier, de 65 anos, achou uma solução prática. Moradora de Copacabana, ela recorre à caminhada para conseguir bons preços: “A gente tem que andar mesmo. Aproveito que aqui é tudo pertinho e vou pesquisando”, diz, ressaltando o gasto de R$ 300 por mês com medicação para pressão.
Arte: O Dia
Arte: O Dia
De outro lado, o aposentado Ivan Carneiro Peixoto, de 78 anos, aposta na sorte: “Conheço farmácias que vendem sempre mais barato e procuro sempre elas. Acho importante a procura, mas gosto de algumas farmácias”, diz.

Dicas

INTERNET À FAVOR
Em geral, os consumidores possuem uma ferramenta útil na busca por preços de genéricos mais em conta. Aqueles que recorrem ao meio digital descobrem com mais facilidade preços mais baratos na própria cidade ou estado.

LISTA EM MÃOS
Para economizar é preciso se programar. Além disso, os especialistas garantem que saem na frente aqueles que se organizam para percorrer as principais farmácias do bairro perguntando pelos preços.

PREÇO CAMARADA
Clientes antigos de algumas farmácias costumam receber descontos polpudos na hora da compra. Vale a amizade!

De lupa

ECONOMIA —A variação de preço pode ser uma arma do consumidor na hora da compra. Pesquisando o valor dos medicamentos em farmácias diferentes as boas surpresas surgem.

PREGUIÇA — Quem desiste da peregrinação pelas farmácias acaba engolindo o primeiro preço que encontrar. Lidar com a sorte é perigoso e os primeiros valores podem ser os mais altos.


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