terça-feira, 15 de novembro de 2011

OPERAÇÃO GABRIELLI - Sem acordo, trabalhadores aprovam greve na Petrobras

Assembleias votaram por início de paralisação a partir do dia 16
Por Danielle Nogueira

A Petrobras formalizou ontem sua proposta de reajuste de até 10,71% aos petroleiros. Como a oferta não difere da que vinha sendo discutida entre a empresa e os trabalhadores, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) manteve a ameaça de greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. A decisão será tomada em assembleias realizadas no país na tarde de hoje.

No sábado, o Conselho Deliberativo da FUP já havia votado contra a proposta e dado um ultimato à estatal para que fosse alterada até ontem, o que não aconteceu. Além da divergência quanto ao índice de reajuste, os petroleiros afirmam que não houve avanços nas negociações em questões de saúde e segurança do trabalho.

Os 10,71% de reajuste representam ganho real (acima da inflação) de 2,5% a 3,25%. O aumento depende do tempo de casa: quanto mais anos na empresa menor o acréscimo salarial. Os petroleiros reivindicam 10% de aumento real. A proposta da Petrobras inclui ainda abono de 100% sobre a remuneração bruta do trabalhador.

— Há um indicativo de rejeição. Vamos decidir sobre a greve nesta terça-feira — diz Leopoldino Ferreira Martins, um dos diretores de Comunicação da FUP.

Quanto aos pontos de segurança do trabalho, Martins afirma que a federação quer que a Petrobras autorize a participação de um de seus representantes nas reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), realizadas mensalmente nas plataformas. Nesta segunda-feira, apenas representantes da empresa e dos trabalhadores estão presentes. Além disso, diz Martins, a FUP quer que a taxa de frequência por afastamento (TFA) seja retirada das avaliações de desempenho dos trabalhadores.

— Hoje, se um trabalhador quebra um dedo, por exemplo, ele continua a trabalhar porque suas faltas vão contar na sua avaliação. O que queremos é esse profissional seja afastado, de modo que ele se recupere, sem que sua avaliação seja prejudicada — diz Martins.

Em nota, a Petrobras limita-se a informar o reajuste proposto e diz que foram feitos "diversos avanços em SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), no plano de saúde dos empregados, entre outras cláusulas sociais".

Os petroleiros também decidiram manter a chamada "Operação Gabrielli", paralisações surpresa em diversas unidades até que a greve efetivamente comece.

Fonte O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/sem-acordo-trabalhadores-aprovam-greve-na-petrobras-3238676#ixzz1dn01XJBg 

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