BRASÍLIA - A reforma ministerial entrou definitivamente na agenda do PMDB, depois que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) declarou que a presidente Dilma Rousseff pretende antecipar a mudança dos ministros que vão concorrer às eleições de 2012.
Ideli falou, e não foi desmentida pelo Palácio do Planalto, numa data entre janeiro e fevereiro de 2012. O prazo para a saída dos ministros pré-candidatos, a chamada desincompatibilização do cargo, é o início de abril do próximo ano, seis meses antes das eleições.
O PMDB avalia que, para não perder o controle sobre uma ''reforma anunciada'', a presidente deveria antecipar as trocas para este ano, no máximo até dezembro. A partir do anúncio de Ideli, os partidos começaram a se articular para não perder espaço e o atual ministério ficou um pouco mais fraco.
O assunto deve fazer parte de reunião que o vice-presidente Michel Temer terá com integrantes do núcleo que comanda o PMDB, mas o partido tem assuntos mais urgentes a resolver.
Entre eles, o megaevento programado para amanhã, quando o partido pretende fazer uma demonstração de força, reunindo mais 1 mil vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores, ministros e o vice-presidente da República, Michel Temer.
A exibição de músculos pegou mal no PT e no Palácio do Planalto. Na reunião de hoje, o PMDB vai tentar dourar a pílula, elaborando um documento programático a ser discutido e aprovado no encontro da quinta-feira.
Do jeito que estava, parecia apenas o pré-lançamento das candidaturas mais vistosas às eleições de 2012, como a de Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, e Gabriel Chalita, em São Paulo.
Será modulado também o tom dos discursos agendados, boa parte deles de “independentes” e aliados do PSDB na campanha eleitoral de 2010. Apesar da demonstração de unidade, o PMDB vive uma crise, às vésperas do encontro.
O vice-presidente Michel Temer e o líder na Câmara estão sendo questionados pela insistência em apoiar o grupo do deputado Eduardo Cunha (RJ), que reivindica a função de relator do projeto que prorroga a vigência da DRU (Desvinculação de Receitas da União). Cunha é conhecido por usar os projetos que relata para obter concessões políticas do governo.
A insistência de Henrique Alves com Eduardo Cunha ameaça o apoio do governo a sua eleição para presidente da Câmara dos Deputados, em 2013, e a intenção do PMDB de se reposicionar de acordo com o que considera seu espaço real no governo, na reforma ministerial.
Pemedebistas estão preocupados com a fixação do líder em se eleger presidente da Casa.Enquanto ele só trata de sua eleição, ainda distante, o PMDB pode cair de segunda para a terceira bancada na Câmara, com a a entrada em cena do PSD.
A formação de um bloco PSD-PSB ameaça a condição do PMDB de segunda-maior bancada da Câmara.
(Raymundo Costa / Valor)
Ideli falou, e não foi desmentida pelo Palácio do Planalto, numa data entre janeiro e fevereiro de 2012. O prazo para a saída dos ministros pré-candidatos, a chamada desincompatibilização do cargo, é o início de abril do próximo ano, seis meses antes das eleições.
O PMDB avalia que, para não perder o controle sobre uma ''reforma anunciada'', a presidente deveria antecipar as trocas para este ano, no máximo até dezembro. A partir do anúncio de Ideli, os partidos começaram a se articular para não perder espaço e o atual ministério ficou um pouco mais fraco.
O assunto deve fazer parte de reunião que o vice-presidente Michel Temer terá com integrantes do núcleo que comanda o PMDB, mas o partido tem assuntos mais urgentes a resolver.
Entre eles, o megaevento programado para amanhã, quando o partido pretende fazer uma demonstração de força, reunindo mais 1 mil vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores, ministros e o vice-presidente da República, Michel Temer.
A exibição de músculos pegou mal no PT e no Palácio do Planalto. Na reunião de hoje, o PMDB vai tentar dourar a pílula, elaborando um documento programático a ser discutido e aprovado no encontro da quinta-feira.
Do jeito que estava, parecia apenas o pré-lançamento das candidaturas mais vistosas às eleições de 2012, como a de Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, e Gabriel Chalita, em São Paulo.
Será modulado também o tom dos discursos agendados, boa parte deles de “independentes” e aliados do PSDB na campanha eleitoral de 2010. Apesar da demonstração de unidade, o PMDB vive uma crise, às vésperas do encontro.
O vice-presidente Michel Temer e o líder na Câmara estão sendo questionados pela insistência em apoiar o grupo do deputado Eduardo Cunha (RJ), que reivindica a função de relator do projeto que prorroga a vigência da DRU (Desvinculação de Receitas da União). Cunha é conhecido por usar os projetos que relata para obter concessões políticas do governo.
A insistência de Henrique Alves com Eduardo Cunha ameaça o apoio do governo a sua eleição para presidente da Câmara dos Deputados, em 2013, e a intenção do PMDB de se reposicionar de acordo com o que considera seu espaço real no governo, na reforma ministerial.
Pemedebistas estão preocupados com a fixação do líder em se eleger presidente da Casa.Enquanto ele só trata de sua eleição, ainda distante, o PMDB pode cair de segunda para a terceira bancada na Câmara, com a a entrada em cena do PSD.
A formação de um bloco PSD-PSB ameaça a condição do PMDB de segunda-maior bancada da Câmara.
(Raymundo Costa / Valor)
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