RIO - O início do ano letivo nas escolas estaduais, na próxima segunda-feira, chega com um desafio: melhorar a infraestrutura dos colégios. Um levantamento da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), em parceria com a Secretaria de Educação, mostra que 23% - praticamente um quarto das 1.466 unidades - estão em mau estado de conservação. Nas férias, foram feitos reparos em 122 unidades, principalmente nas cidades de Resende, Barra do Piraí, Itaocara e Petrópolis. Os principais focos da reforma estão sendo instalações (elétrica, hidráulica e sanitária), cobertura, estrutura e obras externas, como calçadas e muros.
A pesquisa analisou 25 itens em cada escola. O resultado final revelou que 22% das unidades tiveram a infraestrutura avaliada como ruim e 1% como péssima. O levantamento mostrou ainda que 39% dos colégios foram considerados regulares; 31%, bons; e 7%, ótimos. De acordo com o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, o objetivo do órgão é chegar a 2012 sem qualquer escola em situação ruim ou péssima. Para 2013, a expectativa é que todas estejam em situação boa ou ótima. A melhoria das condições físicas faz parte do plano de metas que irá guiar os rumos da educação estadual a partir deste ano. Uma das prioridades do atual governo é tirar o Rio da penúltima posição no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para figurar entre os cinco primeiros em quatro anos.
Na segunda-feira, todas as escolas estaduais começarão o ano com um currículo mínimo de seis disciplinas. A direção também receberá um informativo com as metas estipuladas para evolução do Ideb da unidade. Todos os colégios ganharão um vídeo institucional de cerca de quatro minutos falando sobre as perspectivas para a educação estadual. A narração reforça o conceito de um salto para o setor nos próximos anos.
Na próxima semana, será lançado o edital para o processo de seleção de 28 novos diretores regionais de educação, obedecendo aos novos critérios de meritocracia. Ainda está prevista a substituição de 40 diretores de unidades também pelo mesmo método.
O cronograma de reforma das escolas foi dificultado pela tragédia na Região Serrana. O estado montou uma força-tarefa para que o ano letivo comece normalmente na maioria das unidades. De 80 unidades de cidades afetadas, duas em Nova Fiburgo não abrirão as portas. Outras oito podem abrir nos próximos dias. Apesar de iniciar o ano letivo, o Colégio Estadual Dr. Feliciano Costa, no bairro de Conselheiro Paulino, em Friburgo, será desativado pois tem sofrido constantemente com alagamentos. ( Aulas nas escolas de Teresópolis não atingidas pelas enchentes começam 7 de fevereiro )
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