sábado, 8 de maio de 2010

RIO DE JANEIRO / IDENTIFICAÇÃO - Novo documento estreia no Rio

   

Cartão com selo holográfico e marca d’água vai reunir os números das carteiras de identidade, habilitação e trabalho, CPF, título de eleitor e PIS/Pasep a partir de outubro. Em 9 anos, todos os brasileiros terão que trocar o registro civil

POR NATALIA VON KORSCH

Rio - Começa em outubro, no Estado do Rio, o teste do novo Registro de Identificação Civil (RIC), um cartão que vai unir em um só documento os números da identidade, CPF, título de eleitor, carteiras de habilitação e de trabalho e do PIS/Pasep. O objetivo é criar um registro único e digitalizado que possa ser acessado em todo o País. Hoje, cada estado é responsável por emitir a carteira de identidade a seus cidadãos. O não-compartilhamento de informações permite, por exemplo, que uma pessoa possa ter diferentes ‘identidades’ no Brasil afora.

Foto: Divulgação

Apesar da unificação dos dados, que virão impressos no verso, os 10 dígitos que compõem o número RIC substituirão apenas os do Registro Geral. O cidadão que solicitar o novo cartão não estará livre de pedir os demais documentos. Cada um continuará a ser emitido pelos órgãos responsáveis e seu número seguirá valendo. A principal vantagem do portador do RIC é deixar todas as outras carteiras em casa.

Foto: Divulgação

Simplificação
Acostumados ao périplo de órgão em órgão do estado para tirar a segunda via de seus documentos em caso de perda ou roubo, os moradores do Rio comemoram a nova identidade. É o caso do advogado Sandro Dutra Pinto, 29 anos, que já teve a carteira roubada quatro vezes com todos os documentos dentro. “Tive de fazer uma peregrinação por vários lugares para tentar tirar as segundas, terceiras, e quartas vias. Agora parece que vai ser muito mais prático e seguro para todos”, espera o advogado.
Normas internacionais de segurança
Protótipo do Registro de Identificação Civil realizado pelo Instituto Nacional de Identificação segue o padrão internacional: um cartão magnético com chip, impressão digital, fotografia impressa a laser e imagens ocultas de segurança, além dos números RIC e dos demais documentos. O preço previsto é de R$ 15, mas é provável que o governo federal custeie as primeiras carteiras.

No primeiro ano, o documento será emitido apenas para quem for tirar a primeira via, num total de 2 milhões de cartões. A previsão é que 150 milhões de brasileiros tenham o novo registro no prazo máximo de 9 anos.

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