Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 19 de março de 2010

RIO DE JANEIRO/GOVERJ/SEGURANÇA PÚBLICA - PM da UPP do Pavão-Pavãozinho é preso em flagrante


Ao todo, quatro homens foram presos em flagrante quando tentavam roubar caixas-eletrônicos em Niterói. Um deles é policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.
 

A polícia prendeu, na madrugada desta quinta-feira, quatro homens acusados de tentar roubar um banco em Niterói. Ninguém se feriu e não houve prejuízos financeiros, mas uma coisa chamou a atenção no crime. Um desses homens, que seria integrante do bando, é policial militar. E mais: ele trabalha em um dos projetos de segurança mais importantes do governo do estado, hoje: as unidades de polícia pacificadora (UPPs).

Maçaricos, bujão de gás, máscaras, luvas e toucas. Esses equipamentos seriam usados para arrombar caixas-eletrônicos de uma agência do banco Itaú, em Niterói. Quando os bandidos começaram a agir, o alarme tocou. O banco fica a menos de 200 metros de uma cabine da polícia, e policiais militares chegaram rapidamente.

Dois ladrões foram presos em flagrante. Segundo a polícia, outros dois foram presos quando tentavam fugir a pé. Um deles é policial militar e trabalha na UPP do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. O PM Leonardo da Cruz Cortêz negou o crime, e disse que estava apenas andando em uma rua próxima.

Mas os policiais encontraram, no carro de Cortêz, material que poderia ser usado para abrir os caixas, além de uma ligação registrada no celular para um dos homens que estava dentro do banco.

Cortêz é soldado da PM há menos de três meses. Antes de fazer o curso para se tornar um policial militar, passou por testes físicos e exames médicos e psicológicos no Centro de Recrutamento de Praças da Polícia Militar. Mas ele foi reprovado na chamada Pesquisa Social e Documental, que investiga toda a vida do candidato. Policiais que fazem esse trabalho descobriram que Cortêz andava em más companhias.

“Tinha a questão do relacionamento dele com pessoas supostamente envolvidas com crimes e delitos. Ele estava na condição de reprovado. Ele não ingressaria na Polícia Militar”, afirmou o tenente-coronel Frederico Caldas, chefe do centro de recrutamento.

Para garantir a vaga, Cortêz entrou com uma ação na Justiça. Alegou que foi reprovado porque seu irmão era condenado por tráfico de drogas. O desembargador Fábio Dutra foi o relator da sentença final que deu ganho de causa ao então candidato. O desembargador afirmou que a relação entre os irmãos não é uma relação social comum, livremente mantida, mas sim um parentesco, sem liberdade de escolha.

Dos 2 mil candidatos da última turma, 360 foram reprovados no Exame Social e Documental. Mas 37 deles entraram para a corporação por força de liminares concedidas pela Justiça.

A maioria desses 37 soldados da PM está na UPP dos Tabajaras e Cabritos. A Polícia Militar informou que, apesar de todo o rigor adotado na seleção, ela não teve como evitar o ingresso do soldado, já que ele ganhou uma ação na Justiça. Mas, embora ele estivesse na UPP, não fazia nenhuma atividade que tivesse contato com o público. 


 

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