Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 15 de março de 2010

INTERNACIONAL/IRÃ - Irã condena à morte 6 dos detidos após protestos contra eleições

As autoridades judiciais iranianas condenaram à morte seis pessoas entre os detidos durante os protestos políticos de 27 de dezembro em Teerã, que contestavam a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em junho do ano passado. Segundo informa hoje a agência semi-oficial de notícias "Fars", o Procurador-geral e Revolucionário de Teerã, Abbas Dolatabadi, anunciou a sentença durante uma reunião ontem à noite em Qom com o aiatolá Nouri Hamedani.
"No momento, as sentenças contra essas seis pessoas estão no tribunal de apelação para uma decisão final", disse Dolatabadi.
As autoridades judiciais iranianas já enforcaram duas pessoas acusadas de terem insultado os sacramentos islâmicos durante os protestos pós-eleitorais.
Dolatabadi afirmou que, em princípio, as autoridades deram tratamento conciliador às pessoas que protestaram contra o resultado das eleições.
"No entanto, continuaram as concentrações injustificadas, nas quais iam se colocando pouco a pouco slogans contra a República Islâmica", disse.
Segundo ele, os manifestantes agora condenados insultaram os sacramentos islâmicos durante os acontecimentos de 27 de dezembro passado - dia da Ashura, em que os muçulmanos relembram o martírio de Hussein, o imame mais venerado dos xiitas e neto de profeta Maomé.
O anúncio do resultado preliminar das eleições presidenciais de 12 de junho passado suscitou o protesto dos candidatos reformistas, Mir Hossein Moussavi e Mahdi Karrubi, que denunciaram irregularidades maciças no pleito e reivindicaram sua anulação.
Esse protesto foi seguido de manifestações em massa dos opositores, que qualificaram de "golpista" o Governo de Mahmoud Ahmadinejad e reivindicaram eleições livres.
Os protestos pacíficos foram reprimidos pelas forças de segurança iranianas com um saldo oficial de pelo menos 40 mortos e milhares de detidos, entre eles centenas de ativistas políticos e jornalistas.
EFE

 

 

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