Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sábado, 13 de março de 2010

GOVERNO LULA/POLÍTICA EXTERNA - Soberba, guerra e paz

Deu no Correio Braziliense

Soberba, guerra e paz

De Luiz Carlos Azedo:
A soberba costuma pôr tudo a perder. Em política internacional, então, nem se fala. A história está recheada de exemplos.
Ontem, por exemplo, o presidente Lula resolveu esnobar a posse do presidente do Chile, Sebastián Pinera. Não foi por medo de terremoto, mas porque é um líder conservador.
Preferiu se reunir com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, porém, estava lá. O presidente do Peru, Alan García, também.
Em contrapartida, Lula se prepara para visitar o Irã, cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, desafia a comunidade internacional com seu programa nuclear. Ambos se encontraram no Brasil, ano passado.
O resultado da visita deixou Lula numa posição isolada no Conselho de Segurança da ONU. Lula critica as sanções internacionais contra o Irã.
“Nós não queremos que se repita no Irã o que houve no Iraque. Isso não é prudente para o Irã, não é prudente para o mundo”, disse, ao rechaçar o apelo da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para que o Brasil apoiasse novas sanções contra o regime dos aiatolás.
Lula afirma que o impasse em relação ao Irã e o complicado processo de paz no Oriente Médio, região para a qual viajará nesta semana, são uma prova da incapacidade das potências mundiais.
“Quem decidiu que Estados Unidos, França, Inglaterra, China e Rússia representam as aspirações coletivas do nosso planeta, a nova geopolítica, a nova ordem global — com nações que eram pobres ontem, mas que hoje estão no meio de um processo de extraordinário crescimento econômico?”, desafia.
Qualquer aluno do ensino médio sabe que essas potências ocupam cadeiras permanentes no Conselho de Segurança da ONU porque ganharam a 2ª Guerra Mundial contra a Alemanha, a Itália e o Japão, vitória na qual o Brasil foi sócio minoritário. Em parte porque o presidente Getúlio Vargas flertou com o Eixo.

 

 

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