BRASÍLIA - Ausentes do debate em plenário para responder às críticas da oposição sobre o escândalo da Bancoop, a base governista foi em peso nesta quarta-feira à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado derrubar o requerimento do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), pedindo a convocação do promotor José Carlos Blat para explicar investigação que envolve o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto no desvio de cerca de R$ 100 milhões dos cofres da cooperativa. A convocação foi derrubada por 10 votos da base contra 9 da oposição.
" Não podemos ficar calados. As pessoas lesadas estão aguardando um posicionamento "
- Não podemos ficar calados, omissos, coniventes e cúmplices de um escândalo desta natureza. Certamente essas pessoas que foram lesadas estão aguardando um posicionamento - reagiu Alvaro Dias.
- É assunto que não envolve dinheiro público e sequer foi ainda oficialmente feita a denúncia. Por que realizar a oitiva com um promotor que sequer apresentou oficialmente a denúncia? - rebateu a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC).
" É assunto que não envolve dinheiro público e sequer foi feita a denúncia "
À tarde, em sessão do plenário, os governistas desapareceram quando o assunto esquentou o debate. Apenas o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), falando como líder na ausência de Aloizio Mercadante (PT-SP), tentou defender a decisão do PT de processar a revista "Veja" e o jornal "O Estado de S.Paulo".
- Fico impressionado porque já há no Brasil uma certa tranquilidade, virou paisagem o escândalo, não choca mais ninguém. Essa matéria, se tivesse sido veiculada no governo do presidente Kubitscheck, daria uma ameaça de golpe de Estado; se tivesse sido veiculada no tempo do presidente Fernando Henrique, teria dado uma agitação, o PT teria colocado barricadas aí na porta - protestou o líder do PSDB Arthur Virgilio (AM).
- Na CCJ vimos a base aliado do governo, colocada em ordem unida. Todos os senadores comparecendo, fazendo um verdadeiro mutirão para não deixar que isso ( a convocação de Blat) acontecesse, e alguns com o discurso: isso não tem sentido, porque isso é eleitoral, tem um objetivo político-eleitoral - completou Tasso Jereissati (PSDB-CE).
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