Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 14 de março de 2010

ESPORTE/FÓRMULA INDY - SP Indy 300 tem chuva, acidentes e vitória de Will Power


A pista ficou encharcada Foto: Ivan Pacheco/Terra Chuva em São Paulo garantiu uma prova cheia de variáveis, mas não atrapalhou australiano Power
Foto: Ivan Pacheco/Terra

Thiago Tufano
Direto de São Paulo
O australiano Will Power conquistou neste domingo a vitória na São Paulo Indy 300, etapa de abertura da temporada 2010 da Fórmula Indy. Em uma prova bastante conturbada realizada no Autódromo do Anhembi, Power, piloto da Penske, se aproveitou das diversas paralisações da corrida e, em uma estratégia bastante cautelosa de sua equipe, assegurou o primeiro lugar no pódio na corrida de São Paulo.
A vitória foi a terceira de Power na categoria, na qual ele havia sido o primeiro colocado nas etapas de Long Beach (2008) e Edmonton (2009). O bom resultado compensou o final de semana discreto da Penske, que teve Helio Castroneves terminando em nono lugar e Ryan Briscoe batendo exatamente quando era o líder.
Os brasileiros tiveram destaque com Vitor Meira, que completou em terceiro, e Raphael Matos, o quarto colocado. Tony Kanaan, que contou com grande torcida nas arquibancadas, foi décimo. Bia Figueiredo foi a 13ª colocada, e apesar da participação discreta, terminou como a melhor mulher da prova, à frente de nomes como Danica Patrick e Simona de Silvestro.
A corrida paulistana foi marcada por várias trocas na liderança e por uma série de confusões. No início, uma batida promovida pelo japonês Takuma Sato já complicou a disputa, que ainda enfrentou bandeiras amarelas e paralisação de segurança de 20 minutos por conta da chuva. Mesmo assim, a bem-humorada a torcida fez a festa e lotou as arquibancadas, animando o cenário visto durante os treinos.
Mas as emoções da corrida começaram antes mesmo da largada. Dez minutos antes do início da corrida, uma chuva leve caiu sobre o circuito, cumprindo a previsão para o domingo. Os poucos pingos foram suficientes para que os carros mudassem a estratégia da prova e entrassem na pista com pneus de chuva.
A chuva logo parou, e os carros puderam começar a corrida com pneus de pista seca. Mas assim que os carros largaram na Reta do Sambódromo e contornaram a primeira curva, um acidente provocado por Takuma Sato envolveu alguns carros e obrigou o pace car a entrar no traçado pela primeira vez. Mário Moraes e Marco Andretti protagonizaram a batida mais impactante, na qual a De Ferran Luczo Dragon do brasileiro terminou em cima da Andretti do americano. Os dois abandonaram e foram levados ao Medical Center por precaução.
Com vários pilotos prejudicados pelo acidente, nomes como Hélio Castroneves e Bia Figueiredo perderam posições e foram para o final da fila. Na frente, o pace car só deixou a pista após sete voltas, depois que a organização limpou os pedaços de carros que sobraram das batidas. Na arquibancada, a torcida reclamava da bandeira amarela no circuito. Na volta, o escocês Dario Franchitti voltou na liderança, seguido do canadense Alex Tagliani.
O canadense da FAZZT era seguido de perto por Ryan Hunter-Reay, terceiro, e por Tony Kanaan, um pouco mais longe no quarto lugar. Com isso, Franchitti ia abrindo vantagem na frente, tranquilo em relação à briga pelo segundo lugar. Não demorou para que Hunter-Reay garantisse a segunda colocação, deixando Tagliani na terceira colocação sob a ameaça de Tony Kanaan.
Mas eis que o cenário mudou a partir da volta 22, quando a Dale Coyne de Milka Duno parou, forçando a venezuelana a sair da prova. Com nova bandeira amarela, vários pilotos foram para os boxes. Na volta, Simone de Silvestro surpreendeu e assumiu a ponta. Liberada a prova, Ryan Hunter-Reay se reaproximou de Franchitti e assumiu a o segundo lugar no final da reta dos boxes. Quarto colocado a essa altura, Tony Kanaan se complicou ao ser atingido por Alex Tagliani, que já vinha em quinto a essa altura e perdeu o ponto de frenagem.
Na volta 28, Hunter-Reay ainda tomou a liderança da suíça da HVM, que perdeu posição também para Franchitti. Para conturbar ainda mais a prova, a chuva voltou. Junto com ela, o pace car e a confusão. Sob bandeira amarela, Danica Patrick rodou e perdeu terreno. A temperatura do asfalto despencou, de 52 para 37 graus, ajudando na evaporação da chuva. Mas sem condições de prova com o asfalto molhado, a organização decidiu interromper a prova com bandeira vermelha. Fora da pista, os carros se alinharam à espera do retorno.
Depois de 20 minutos de trabalhos, a relargada foi autorizada. Na retomada, Ryan Hunter-Reay caiu do primeiro para o sétimo lugar. Dario Franchitti reassumiu o primeiro lugar, seguido de seu companheiro de Chip Ganassi, Scott Dixon. Em terceiro, Dan Wheldon, à frente de Justin Wilson e EJ Viso. Helio Castroneves, em excelente recuperação, já era o sexto colocado com a Penske. Bia Figueiredo vinha no oitavo lugar, à frente de Simona de Silvestro.
Mas quem se recuperou foi Hunter-Reay, que reassumiu a ponta assim que Dario Franchitti e companhia e foram para os boxes. Will Power era o segundo, mas Raphael Matos assumiu o posto. Acabou, porém, perdendo posições para Ryan Briscou e para o próprio Will Power. Nas voltas finais, a disputa ficou restrita a Ryan Hunter-Reay, Ryan Briscoe e Will Power. Bryscoe chegou a assumir a ponta, mas errou sozinho e bateu, entregando a ponta de novo para o americano.
Pela última vez, o carro madrinha entrava na pista, aproximando Ryan Hunter-Reay e Will Power. Na retomada, Hunter-Reay não conseguiu segurar Power e perdeu a liderança. Seguro, o australiano recebeu a bandeira branca e completou a prova no limite do tempo em primeiro lugar, com Hunter-Reay em segundo e Vitor Meira em terceiro. Dan Wheldon foi quinto, com Dario Franchitti cruzando a linha de chegada apenas na sétima posição.

 

 

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