quarta-feira, 8 de agosto de 2012

MENSALÃO DO PT - STF ouve advogados de petistas e de réus ligados ao Banco Rural

Quinto dia de julgamento terá a defesa do deputado João Paulo Cunha e do ex-ministro Gushiken, a quem a procuradoria pediu absolvição no processo do mensalão

O Estado de S.Paulo

Os advogados de dois petistas e de três réus ligados ao Banco Rural farão a defesa de seus clientes, no quinto dia de julgamento do mensalão, nesta quarta-feira, 8, no Supremo Tribunal Federal. É o terceiro dia dedicado à defesa dos réus e a sessão será transmitida ao vivo pela TV Estadão, a partir das 14h.

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Entre os petistas está o ex-ministro de Comunicação Luiz Gushiken. De acordo com a acusação, ele teria autorizado um ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, a adiantar pagamentos da Visanet (fundo privado do qual o Banco do Brasil) para uma das empresas de Marcos Valério. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no entanto, pediu sua absolvição por não haver elementos ou indícios que justificassem a condenação.

O segundo petista é o deputado federal João Paulo Cunha, atual candidato a prefeito de Osasco (SP). Ele teria recebido R$ 50 mil do valerioduto para contratar uma das agências de Marcos Valério quando presidia a Câmara. A defesa negará irregularidades no contrato e afirmará que o dinheiro recebido era para pagar custos de uma pesquisa eleitoral.

Os demais réus são ligados ao Banco Rural, apontado pela acusação como responsável por fazer empréstimos irregulares ao PT e às empresas de Marcos Valério. As operações seriam fachada para disfarçar desvio de dinheiro público para o esquema de compra de apoio político no Congresso.

José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural, foi apontado como responsável por negociar empréstimos que alimentaram o esquema para depois tentar obter vantagens na liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco. Seu advogado alega que Salgado não teve participação em aprovação dos empréstimos da remessa de dinheiro para o exterior.

Também ex-diretor do banco e atual vice-presidente, Vinícius Samarane, à época, teria deixado de comunicar às autoridades sobre os saques do valerioduto e as irregularidades nos empréstimos. Sua defesa sustenta que ele não participou das negociações dos empréstimos.

Por fim, Ayanna Tenório, ex-vice-presidente do Banco Rural, teria autorizado a renovação dos empréstimos do esquema e deixou de comunicar às autoridades sobre os saques do valerioduto. Segundo sua defesa, Ayanna apenas cuidava da área de RH do banco e apenas seguiu orientação de José Roberto Salgado para votar em renovação de empréstimos.

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