Adriana Aprígio, que aparece como dona das empresas do bicheiro, vai ao Congresso na condição de testemunha. Mas também deve ficar calada
Tai Nalon
VEJA
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira (Sérgio Lima/Folhapress)
A CPI do Cachoeira tentará, nesta quarta-feira, ouvir a ex-mulher do contraventor, Adriana Aprígio, que vai ao Congresso na condição de testemunha. De acordo com a Polícia Federal, as empresas de Carlinhos Cachoeira, embora estejam no nome dela, estão sob total influência do contraventor. O depoimento está marcado para as 10h15 e Adriana deve ficar calada.
Também está previsto o depoimento do contador Rubmaier Ferreira de Carvalho, que, segundo a PF, atuava em empresas de fachada e era laranja de Cachoeira.
Nesta terça, a atual mulher do contraventor, Andressa Mendonça, compareceu à CPI, mas não falou aos congressistas. Ela, contudo, ouviu - e muito. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que teria sido citada na conversa em que a mulher de Cachoeira tentou chantagear o juiz Alderico Rocha, desafiou Andressa a provar que a parlamentar pediu dinheiro ao contraventor.
"Gostaria que ela mostrasse as provas de que eu estive com o Cachoeira e pedi dinheiro para esse contraventor, esse chefe de bando", disse. Kátia também minimizou a afirmação, que teria sido feita por Andressa, de que existem fotos da senadora com o juiz: "Prefiro mil vezes aparecer numa foto ao lado de um juiz a aparecer ao lado de um contraventor". A parlamentar ainda chamou Andressa de "mentirosa" e "cascateira" pouco antes do fim da sessão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário