terça-feira, 24 de julho de 2012

GREVE DOS PROFESSORES - Governo apresenta nova proposta salarial a professores de federais


O aumento mínimo para a categoria que, na primeira, era de 12%, passou para 25%. O maior continua sendo de 45% para quem tem doutorado e dedicação exclusiva.

Jornal Nacional


O governo apresentou, nesta terça-feira (24), uma nova proposta de reajuste salarial aos professores das universidades federais em greve há 69 dias.

No Pará, em Minas, no Distrito Federal... A paralisação está estampada nos cartazes. Em pouco mais de dois meses, a greve já produziu alguns números: 57 universidades paradas; um milhão de alunos sem aula; e 12 mil que podem perder bolsas de estudo no exterior. Mas existem outros prejuízos que não estão aí e que só os alunos podem contar. O que significa na vida deles uma sala de aula vazia?

“Eu acho que muita coisa que eu estava aprendendo, eu já fui esquecendo”, revela uma estudante.

“A gente atrasa o nosso curso. A gente acaba se formando num período mais longo de tempo”, avalia o estudante Leonardo Barbosa, da UFPA.

É a quarta greve que a estudante da UnB Evelyn Bernardes encara. Ao longo do curso, muitos projetos já foram por água abaixo. Desta vez, perdeu a chance de um intercâmbio em uma universidade fora do país.

“Você não pode planejar a sua vida, e não poder planejar é, ainda mais nessa área de estudo, que é a mais importante, é horrível”, lamenta.

Enquanto isso, em mais uma rodada de negociações, o governo cedeu e apresentou nesta terça-feira (24) aos professores uma segunda proposta. O aumento mínimo para a categoria que, na primeira, era de 12%, passou para 25%. O maior continua sendo de 45% para quem tem doutorado e dedicação exclusiva. Está mantido o pagamento em três anos, mas as parcelas serão antecipadas de julho para março de 2013, 2014 e 2015. O custo para o governo, que era de R$ 3,9 bilhões, subiu para quase R$ 4,2 bilhões.

O governo também abriu mão de questões polêmicas, como o aumento do tempo do professor em sala de aula, que agora vai ser discutido por um grupo de trabalho.

“Eu acredito que, com essa proposta, nós daremos um passo decisivo para encerrar a greve a partir de agosto”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Dos três sindicatos que participaram da reunião, um apoiou a proposta do governo e agora vai ouvir os professores nos estados.

“Para isso foi feito uma colocação do governo de 15 pontos que julgávamos essenciais para avançar no diálogo. Pela análise rápida que tivemos tempo de fazer, o governo atendeu todos os 15 pontos que colocamos”, declarou Eduardo Rolim de Oliveira, presidente do Proifes Federação.

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