sábado, 12 de maio de 2012

QUEDA EM GO - Última revisão de helicóptero que caiu em GO foi irregular


FOLHA DE SÃO PAULO

A última revisão pela qual passou o helicóptero da Polícia Civil de Goiás que caiu na tarde de terça-feira (8), provocando a morte de oito pessoas, não poderia ter acontecido.

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De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a empresa Fênix Manutenção e Recuperação de Aeronaves teve suas atividades suspensas no dia 2 de maio. Segundo a Polícia Civil, o helicóptero passou por uma revisão no dia 7.

A área técnica da agência ainda está apurando os motivos da suspensão.

A aeronave caiu quando a equipe da Polícia Civil retornava a Goiânia depois de uma reconstituição da chacina ocorrida em uma fazenda de Doverlândia (403 km de Goiânia), em que sete pessoas foram degoladas.

Entre os mortos estava Aparecido Souza Alves, 23, que confessou o crime. Além dele, morreram os delegados Vinícius Batista da Silva, Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, Bruno Rosa Carneiro e Jorge Moreira da Silva; e os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva.

Bombeiros de Goiás fazem o resgate das vítimas da queda do helicóptero da Polícia Civil

CRIME

Sete pessoas foram mortas e degoladas no último dia 28 em uma fazenda no sul de Goiás. O crime aconteceu por volta das 17h no município de Doverlândia (a 403 km de Goiânia).

Além do fazendeiro Lázaro de Oliveira Costa, foram mortos seu filho, Leopoldo Rocha Costa, e o vaqueiro Eli Francisco da Silva, funcionário da fazenda.

As outras quatro vítimas --Miracy e Joaquim Manoel Carneiro, o filho do casal, Adriano, e a namorada dele, Tames Mendes da Silva-- eram amigos do fazendeiro e foram ao local para fazer uma visita.

Todos os corpos foram encontrados com cortes no pescoço que, segundo a polícia, chegavam quase à coluna das vítimas.

Na segunda-feira (30), a polícia prendeu Alves em flagrante. Ele tinha o tênis sujo de sangue e, com ele, foram encontrados um celular e uma carabina que pertenciam às vítimas.

Em depoimento à polícia, ele disse que cometeu o crime depois de ter sido contratado por "Alcides do Supermercado", sogro de Leopoldo. Alcides prometeu R$ 50 mil e adiantou R$ 700 em troca do assassinato da família do fazendeiro, segundo sua versão.

Também foram contratados para ajudar a executar o crime Celio Juno Costa da Silva, sobrinho do fazendeiro assassinado, e um pistoleiro identificado como José de Ribeirãozinho, de acordo com o depoimento de Alves.

Celio e Alcides foram presos enquanto participavam do velório das vítimas, em Frutal (MG). O quarto suspeito continua foragido.

A principal hipótese é que o crime ocorreu por questões "materiais", possivelmente ligadas à propriedade, segundo a delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos.

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