terça-feira, 29 de maio de 2012

NEGLIGÊNCIA E MAU ATENDIMENTO - Ator acusa médico de ter causado a morte de seu pai


Hospital demorou a fazer exames em idoso que sofrera infarto

POR CLARISSA MELLO

Rio - O ator do filme ‘Tropa de Elite’, o Major Rocha, Sandro Rocha vai entrar com uma ação contra a Casa de Saúde e Maternidade Terezinha de Jesus, em São João de Meriti. Ele acusa a unidade particular da Baixada Fluminense de negligência e mau atendimento, que teriam custado a vida de seu pai, Evandro Pereira Rocha, de 72 anos.


Foto: Divulgação

“Mataram o meu pai. É isso o que eu tenho a dizer. Deixaram que ele morresse sem um atendimento correto”, acusou o ator de 37 anos.

Evandro morreu na unidade no sábado de madrugada, após sofrer três paradas cardíacas. Segundo Sandro, o idoso foi internado na casa de saúde no dia 16 de maio, após sofrer um infarto. O ator afirma que os médicos disseram para a família que o estado de saúde de Evandro era grave, e que ele precisava de um cateterismo, mas que o plano de saúde não estava autorizando.

“Liguei para o plano, e me informaram que a autorização saía em 24 horas. Era para ele ter feito o cateterismo no dia 17. Mas o exame só foi feito no dia 24. Até agora não entendi por que o hospital não fez o exame antes, se o caso era grave”, contou.

O ator também relatou que os resultados do cateterismo indicaram que 80% das artérias de Evandro estavam obstruídas.

Médico disse para confiar

“Liguei para o médico sexta-feira à tarde. Falei para ele operar meu pai, que o estado era grave e ele não ia aguentar. Mas o médico disse para esperar até segunda-feira. Disse que ele estava sendo medicado e monitorado, que eu podia ficar tranquilo, confiar. Não sou médico, então confiei. O que eu ia fazer?”, desabafou Sandro.

Desde sábado, quando Evandro morreu, Sandro tenta em vão falar com o médico que atendeu o aposentado. “Ninguém me deu satisfação. No sábado não havia sequer assistente social. Foi um descaso, uma presunção do médico. Meu pai era atleta, não tinha sobrepeso, não fumava. Morreu porque deixaram”.

O DIA entrou em contato com a unidade por telefone e e-mail, mas não teve resposta.

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