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quarta-feira, 2 de maio de 2012

CPI DA DELTA NA @ALERJ - Oposição tenta abrir duas CPIs


Requerimentos querem apurar viagens de Cabral e contratos com construtora.
Líder do governo na Alerj diz que fará o possível para inviabilizar comissões.

Marcelo Ahmed
Do G1 RJ


Após a divulgação de fotos e vídeos do governador Sérgio Cabral com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, deputados de oposição tentaram, nesta quarta-feira (2), aprovar requerimentos para a abertura de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Uma CPI, dos deputados do PSOL Marcelo Freixo e Janira Rocha, pede investigação de todos os contratos da empresa com o governo do estado, desde o ano de 2000. O outra, de iniciativa de Clarissa Garotinho (PR), tem o objetivo de apurar as circunstâncias das viagens de Cabral ao exterior desde que assumiu o governo.

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Nos últimos dias, o blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR) - pai de Clarissa Garotinho - vem divulgando imagens de Cabral, Cavendish e autoridades estaduais em momentos de descontração, durante viagens a Paris, na França, e Monte Carlo, em Mônaco, realizadas em 2009.

O líder do governo na Alerj, deputado André Corrêa, disse que fará o possível para inviabilizar as comissões: “A CPI é um instrumento da minoria. Não vamos aprovar nenhuma CPI. Essa luta está contaminada pela campanha eleitoral. Não há nenhum fato concreto de superfaturamento da Delta. A empresa cresceu no atual governo como cresceu no governo anterior”, afirmou o deputado.

Os dois requerimentos tiveram, cada um, 14 assinaturas favoráveis à abertura das CPIs. O mínimo necessário para a aprovação é de 24 deputados (um terço do total).

O deputado Luiz Paulo (PSDB) também encaminhou requerimento de informações à Mesa Diretora da Alerj para que o governo do estado forneça datas e comprovação de diárias pagas pelo governador e o secretariado nas viagens à Europa no ano de 2009. Outros requerimentos de informação sobre a Delta e viagens do governador já tramitam na casa.

“Sabemos que é muito difícil aprovarmos essa CPI, mas precisamos lutar até o fim para saber quem ao menos pagou essas viagens. Se foi o Fernando Cavendish quem pagou, o governador cometeu crime" afirmou Marcelo Freixo.

Paralelamente à colheita de assinaturas, os pedidos de CPI são feitos por meio de projeto de resolução que, após publicação no Diário Oficial, poderá ir à votação em plenário. A aprovação deve ser por maioria absoluta.

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