O Itamaraty informou que, entre os dias 20 e 23, são esperados cerca de 120 chefes de estado ou de governo e 193 delegações estrangeiras; e eles devem chegar quase ao mesmo tempo
Antônio Werneck
O Aeroporto Internacional do Rio: por falta de estacionamento, Infraero planeja deslocar aviões para terminais de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador
Antônio Werneck
O Aeroporto Internacional do Rio: por falta de estacionamento, Infraero planeja deslocar aviões para terminais de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador
Genílson Araújo/10-02-2012 / O Globo
RIO - Se existissem flanelinhas na aviação brasileira, eles estariam em festa: com os aeroportos sobrecarregados, virou uma grande dor de cabeça encontrar vaga para estacionar os 110 aviões previstos para aterrissar na cidade durante a realização da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. O Itamaraty informou que, entre os dias 20 e 23, são esperados cerca de 120 chefes de estado ou de governo e 193 delegações estrangeiras. E eles devem chegar quase ao mesmo tempo.
Veja também
Veja galeria A sujeira que persiste na Baía de Guanabara
Rio+20: Paes encaminhará à Câmara pedido de decretação de feriado durante evento
Frota dobra em 20 anos e se torna preocupação para Rio+20
Você acha que o Exército deve ocupar as ruas durante o evento Rio+20, como aconteceu há 20 anos atrás?
Rio+20 terá 47 bombeiros em motocicletas
Segundo informou Abide Ferreira Junior, superintendente regional da Infraero no Rio, com tanta gente chegando à cidade, a empresa planeja usar aeroportos no Rio e em outros cinco estados: Guarulhos (São Paulo), Confins (Belo Horizonte), Brasília, Campinas e Salvador. A manobra está sendo coordenada pela Aeronáutica, que também pretende arranjar vagas nas bases aéreas do Galeão e de Santa Cruz. Mas não tem jeito: quem vier com seu avião, vai ficar a pé momentaneamente. Terá de descer aqui, e o avião vem buscar depois.
Oficialmente, a Infraero não vê problemas, mas quem está debruçado sobre os planos de segurança tem essa preocupação. Para cada deslocamento, haverá militares, batedores e até helicópteros. Mas, como a cidade não vai parar, a equação é complexa .
— A Infraero, em conjunto com os órgãos públicos envolvidos no evento, já desenvolveu um planejamento para receber com tranquilidade todos os chefes de estado, delegações e participantes da Rio+20. Os aeroportos do Rio estão prontos para receber o evento — garantiu Abide Ferreira.
Santos Dumont será usado como apoio
No Rio, os aeroportos Santos Dumont e de Jacarepaguá serão usados apenas como apoio. Quem vier em avião de carreira, por exemplo, deverá descer no Aeroporto Internacional de Guarulhos e depois voar para o Rio. Aqui, terá duas opções: de carro até o hotel, com batedores e segurança máxima; ou de helicóptero até o Riocentro, onde serão instalados três helipontos. Há ainda, nesses casos, a possibilidade de usar o Aeroporto de Jacarepaguá.
Os terminais do Rio recebem diariamente uma média de 800 voos (chegadas e partidas). Na sexta-feira foram 814. Apenas no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, o movimento diário é de 48 mil passageiros em média. No Santos Dumont, são 25 mil. Ao número, somam-se 50 mil credenciados e cinco mil jornalistas estrangeiros que chegarão à cidade para acompanhar o evento. O Galeão tem capacidade para acomodar em seu pátio, por hora, 54 aeronaves.
Ainda segundo a Infraero, autoridades e delegações que vierem em aviões de carreira terão a opção de pousar em Guarulhos, de onde seguirão para o Rio pela ponte aérea, desembarcando no Santos Dumont. De lá, poderão embarcar em helicóptero até o Aeroporto de Jacarepaguá, ou voar diretamente para o Riocentro.
No Rio, serão usados ainda a Base Aérea do Galeão, a Base Aérea de Santa Cruz e o Aeroporto de Jacarepaguá como apoio.
— Para os chefes de estado e de governo, teremos um canal diferenciado: vamos montar corredores exclusivos nos aeroportos. As delegações estrangeiras não, elas passam por outro canal — afirmou o superintendente da Infraero no Rio.
A Base Aérea de Santa Cruz passará por reformas de emergência para contornar a falta de estacionamentos para os aviões, confirmou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, durante reunião para discutir a organização do evento. O encontro, no Palácio da Cidade, em Botafogo, durou quase duas horas e reuniu ainda a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, entre outras autoridades.
— Já recebemos a confirmação do governo federal de que a Base Aérea de Santa Cruz será reformada para dar um apoio ao evento — antecipou a ministra Gleisi.
Desde a semana passada, a Força Aérea e a Infraero estão realizando reuniões técnicas para definir a forma como a base será utilizada. Segundo o chefe de Estado-Maior do Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, o espaço, contudo, será um plano B.
— Já temos os aeroportos do Galeão e Santos Dumont para receber os aviões das delegações. A ideia é transferir os aviões militares do Galeão para Santa Cruz — explicou o general.
O prefeito, por sua vez, garantiu entregar o Transoeste (corredor expresso para ônibus que vai ligar a Barra a Santa Cruz) a tempo da conferência. A inauguração estava prevista para acontecer em julho.
— As delegações vão poder contar com o Aeroporto de Jacarepaguá, o Santos Dumont e o Galeão. A Base Aérea de Santa Cruz será uma garantia a mais. Este espaço, aliado à inauguração do Transoeste, vai aproximar as delegações do Riocentro — afirmou o prefeito
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio20/rio20-mais-de-cem-avioes-devem-chegar-ao-rio-nao-ha-estacionamento-para-todos-4702406#ixzz1sfoOPJM3
RIO - Se existissem flanelinhas na aviação brasileira, eles estariam em festa: com os aeroportos sobrecarregados, virou uma grande dor de cabeça encontrar vaga para estacionar os 110 aviões previstos para aterrissar na cidade durante a realização da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. O Itamaraty informou que, entre os dias 20 e 23, são esperados cerca de 120 chefes de estado ou de governo e 193 delegações estrangeiras. E eles devem chegar quase ao mesmo tempo.
Veja também
Veja galeria A sujeira que persiste na Baía de Guanabara
Rio+20: Paes encaminhará à Câmara pedido de decretação de feriado durante evento
Frota dobra em 20 anos e se torna preocupação para Rio+20
Você acha que o Exército deve ocupar as ruas durante o evento Rio+20, como aconteceu há 20 anos atrás?
Rio+20 terá 47 bombeiros em motocicletas
Segundo informou Abide Ferreira Junior, superintendente regional da Infraero no Rio, com tanta gente chegando à cidade, a empresa planeja usar aeroportos no Rio e em outros cinco estados: Guarulhos (São Paulo), Confins (Belo Horizonte), Brasília, Campinas e Salvador. A manobra está sendo coordenada pela Aeronáutica, que também pretende arranjar vagas nas bases aéreas do Galeão e de Santa Cruz. Mas não tem jeito: quem vier com seu avião, vai ficar a pé momentaneamente. Terá de descer aqui, e o avião vem buscar depois.
Oficialmente, a Infraero não vê problemas, mas quem está debruçado sobre os planos de segurança tem essa preocupação. Para cada deslocamento, haverá militares, batedores e até helicópteros. Mas, como a cidade não vai parar, a equação é complexa .
— A Infraero, em conjunto com os órgãos públicos envolvidos no evento, já desenvolveu um planejamento para receber com tranquilidade todos os chefes de estado, delegações e participantes da Rio+20. Os aeroportos do Rio estão prontos para receber o evento — garantiu Abide Ferreira.
Santos Dumont será usado como apoio
No Rio, os aeroportos Santos Dumont e de Jacarepaguá serão usados apenas como apoio. Quem vier em avião de carreira, por exemplo, deverá descer no Aeroporto Internacional de Guarulhos e depois voar para o Rio. Aqui, terá duas opções: de carro até o hotel, com batedores e segurança máxima; ou de helicóptero até o Riocentro, onde serão instalados três helipontos. Há ainda, nesses casos, a possibilidade de usar o Aeroporto de Jacarepaguá.
Os terminais do Rio recebem diariamente uma média de 800 voos (chegadas e partidas). Na sexta-feira foram 814. Apenas no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, o movimento diário é de 48 mil passageiros em média. No Santos Dumont, são 25 mil. Ao número, somam-se 50 mil credenciados e cinco mil jornalistas estrangeiros que chegarão à cidade para acompanhar o evento. O Galeão tem capacidade para acomodar em seu pátio, por hora, 54 aeronaves.
Ainda segundo a Infraero, autoridades e delegações que vierem em aviões de carreira terão a opção de pousar em Guarulhos, de onde seguirão para o Rio pela ponte aérea, desembarcando no Santos Dumont. De lá, poderão embarcar em helicóptero até o Aeroporto de Jacarepaguá, ou voar diretamente para o Riocentro.
No Rio, serão usados ainda a Base Aérea do Galeão, a Base Aérea de Santa Cruz e o Aeroporto de Jacarepaguá como apoio.
— Para os chefes de estado e de governo, teremos um canal diferenciado: vamos montar corredores exclusivos nos aeroportos. As delegações estrangeiras não, elas passam por outro canal — afirmou o superintendente da Infraero no Rio.
A Base Aérea de Santa Cruz passará por reformas de emergência para contornar a falta de estacionamentos para os aviões, confirmou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, durante reunião para discutir a organização do evento. O encontro, no Palácio da Cidade, em Botafogo, durou quase duas horas e reuniu ainda a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, entre outras autoridades.
— Já recebemos a confirmação do governo federal de que a Base Aérea de Santa Cruz será reformada para dar um apoio ao evento — antecipou a ministra Gleisi.
Desde a semana passada, a Força Aérea e a Infraero estão realizando reuniões técnicas para definir a forma como a base será utilizada. Segundo o chefe de Estado-Maior do Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, o espaço, contudo, será um plano B.
— Já temos os aeroportos do Galeão e Santos Dumont para receber os aviões das delegações. A ideia é transferir os aviões militares do Galeão para Santa Cruz — explicou o general.
O prefeito, por sua vez, garantiu entregar o Transoeste (corredor expresso para ônibus que vai ligar a Barra a Santa Cruz) a tempo da conferência. A inauguração estava prevista para acontecer em julho.
— As delegações vão poder contar com o Aeroporto de Jacarepaguá, o Santos Dumont e o Galeão. A Base Aérea de Santa Cruz será uma garantia a mais. Este espaço, aliado à inauguração do Transoeste, vai aproximar as delegações do Riocentro — afirmou o prefeito
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio20/rio20-mais-de-cem-avioes-devem-chegar-ao-rio-nao-ha-estacionamento-para-todos-4702406#ixzz1sfoOPJM3
Nenhum comentário:
Postar um comentário