segunda-feira, 2 de abril de 2012

PROPINA NA UPP - Propina a policiais na Rocinha é investigada por inteligência. Valor seria de até R$ 200 mil mais Mensalinho de R$ 80 mil

Propina a policiais na Rocinha é investigada por inteligência
Segundo relatório de inteligência, pagamento seria de até R$ 200 mil

RIO
- A Secretaria estadual de Segurança confirmou, no domingo, que está investigando informações de que policiais militares responsáveis pelo patrulhamento na favela da Rocinha estariam recebendo dinheiro de traficantes para deixar de reprimir a venda de drogas em alguns becos e vielas da comunidade. De acordo com uma reportagem publicada pela revista "Veja" este fim de semana, um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil, de 15 de fevereiro, dá conta de que a propina seria de R$ 200 mil de "entrada", além de um "mensalinho" de R$ 80 mil.  

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança informou que, a partir das conclusões do relatório de inteligência, "as denúncias poderão ser confirmadas e as punições, implementadas, ou pode ser comprovado que eram infundadas". Segundo a "Veja", o documento indica que o comércio de drogas pode ter sido transferido para pontos discretos dentro da Rocinha, enquanto os PMs limitariam o patrulhamento às vias principais da favela.

A Rocinha foi ocupada em novembro do ano passado, numa operação que mobilizou três mil homens, blindados da Marinha e do Bope, além de helicópteros. Na mesma época, as comunidades vizinhas do Vidigal e da Chácara do Céu também passaram pelo processo de ocupação. No dia 10 de novembro, três dias antes da operação, o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que comandava o tráfico na Rocinha, foi preso por policiais militares do Batalhão do Choque quando tentava fugir dentro da mala de um carro. Ele tentou subornar os dois PMs que o detiveram, mas não teve sucesso.

Levado para a Polícia Federal, o traficante contou em depoimento informal que arrecadava cerca de R$ 1 milhão por mês com venda de drogas na Rocinha, mas que metade era usada para pagar policiais.
No dia da prisão de Nem, policiais federais prenderam três agentes da Polícia Civil e dois ex-PMs na Gávea auxiliando na fuga de cinco bandidos, entre eles Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, ex-chefe do tráfico no complexo de favelas de São Carlos, no Estácio.

Após a retomada, a Rocinha foi ocupada pelo Bope. Há dois meses, o Batalhão de Choque assumiu o patrulhamento. Semana passada, a favela ganhou um xerife, o major Edson Raimundo dos Santos, de 38 anos, ex-integrante do Bope, que comandará o policiamento.

Fonte O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/propina-policiais-na-rocinha-investigada-por-inteligencia-4471272#ixzz1qsKDVFQe

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