sábado, 28 de abril de 2012

GUERRA NO TRÂNSITO - Dicas para pilotar na chuva com segurança


Quem está na chuva é pra se molhar!

Blog infomoto

Embora o verão tenha ficado para trás e o outono já faça parte da rotina do brasileiro, as chuvas parecem não dar trégua em todo o País. E sempre que o clima chuvoso prevalece quem sofre são os motociclistas – tudo bem os motoristas também, afinal o trânsito vira um caos… Todavia, não é porque está chovendo que nós devemos encostar nossas companheiras. Basta ligar o sinal de alerta e seguir as recomendações dos especialistas no assunto. Pensando nisso, trouxemos algumas opiniões de peso para que os motociclistas pilotem em piso molhado com segurança, afinal, quem está na chuva é pra se molhar!


Quando a chuva começa toda a sujeira do asfalto se mistura, formando uma “pasta” altamente perigosa

Uma dica é unânime entre os especialistas: com chuva a velocidade precisa ser reduzida, até porque “as primeiras gotas se misturam a alguns detritos e formam uma película que favorece a ocorrência de derrapagem”, alerta José Luiz Terwak, Gerente do Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH).

“Não há muito segredo. A velocidade deve ser reduzida drasticamente no piso molhado”, sublinha André Azevedo, piloto com 25 participações no Rally Dakar, sendo a primeira em 1988 de moto.


O T.W.I. indica a profundidade mínima dos sulcos dos pneus

Todos os itens da motocicleta são importantes, claro, mas quando se trata de piso molhado, seu maior aliado são os pneus. “O motociclista precisa sempre saber o estado da moto. Suspensão, freios e, principalmente, os pneus devem estar em bom estado”, explica o piloto de testes da Pirelli Caetano Giraldi. Segundo Caetano, o motociclista deve se atentar para os indicadores de profundidade que existem nos pneus — também conhecido como T.W.I. (tread wear indicator = índice de desgaste do pneu). Os sulcos são responsáveis pelo escoamento da água que se acumula no piso, portanto é fundamental para pilotar com segurança no piso molhado.


Evite disputar espaço com os carros. Com a chuva a visibilidade dos motoristas fica comprometida

Ao pilotar qualquer veículo a atenção deve ser redobrada. Quando se trata de uma moto e com piso molhado, a necessidade de antever as situações é determinante. “Adote uma postura de pilotagem defensiva de acordo com a sigla: PIPDE: Procurar “mantenha atenção a tudo que está ao seu redor”; Identificar “acostume-se aos riscos”; Prever “atenção constante às mudanças”; Decidir “escolha o menor risco”; Executar “realizar a manobra com determinação e rapidez”, ensina Terwak.

Antevendo as situações você evitará frenagens bruscas, um dos maiores riscos quando se pilota sobre o piso molhado. A dica é sempre frear com cautela e sem pressionar bruscamente o manete ou o pedal de freio. “Utilize primeiramente o freio traseiro e, em seguida, o dianteiro. Para que a transferência de peso seja feita de forma mais suave, evitando derrapagens”, esclarece Terwak.


Cuide da viseira do seu capacete. Ela precisa estar sempre limpa e sem riscos

Equipamentos também fazem a diferença na pilotagem sob chuva. “Vejo por todos os lugares pilotos sem os equipamentos corretos, isso é muito perigoso. Na cidade e com chuva os motociclistas têm que estar muito bem equipados”, conta André Azevedo que, além de piloto profissional, dá palestras sobre segurança no trânsito em sua cidade, São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Quando questionado sobre a importância dos equipamentos de segurança, José Luiz Terwak é categórico. “Não há como improvisar em questões de segurança. A improvisação é perigosa, além de ser ineficiente”. Mas o que é imprescindível para se pilotar com chuva? “Um capacete com viseira limpa e sem riscos, conjunto impermeável composto de calça, jaqueta, luva e bota”, completa.


Evite ao máximo passar em poças. Nunca se sabe o que pode haver sob elas

Quando a chuva vira tempestade a primeira recomendação dos especialistas é esperar a tempestade passar. “Além de ampliar a distância entre os veículos, se possível, é recomendado aguardar o tempo necessário para que a chuva “lave” a pista”, aconselha Terwak. Além de dificultar a visibilidade de todos os motoristas e motociclistas, uma chuva muito forte pode esconder os perigos do asfalto. “Uma poça pode ter 7 cm ou 70 cm de profundidade. Por isso, assim como no Dakar, prefiro descer da moto e passar empurrando”, ensina Azevedo. (Texto: André Jordão/Fotos: Arthur Caldeira)


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