sexta-feira, 16 de março de 2012

VEREADORES DO RIO - Levaram 30 dias para fazer a primeira sessão por falta de quorum depois de 49 dias de férias

Vereadores discutiram, na sessão desta quinta-feira, 34 matérias
Foto: Divulgação / Câmara de Vereadores
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Por Bruno Villa.
No calendário normal, 2012 começou há exatos 76 dias. No Palácio Pedro Ernesto, apesar de suas excelências terem retornado ao trabalho no dia 15 de fevereiro, após 49 dias de férias, o ano só começou mesmo ontem. A gazeta foi noticiada ontem pela coluna "Extra, Extra!".

Depois de um mês sem votar um projeto, a maioria dos 51 vereadores, pela primeira vez este ano, deu o ar de sua graça no plenário e deliberou sobre 34 matérias. Nos últimos 30 dias, as sessões chegaram a ser abertas, mas as propostas não puderam ser votadas, porque nunca havia a quantidade mínima de 26 parlamentares presentes.

O salário dos vereadores subiu de R$ 9.288 para R$ 15 mil em abril de 2011 — o reajuste de 61,8% é questionado na Justiça. Eles ainda recebem outros R$ 15 mil por ano do chamado auxílio-paletó. E têm direito a mil litros de combustível e quatro mil selos ao mês. Cada vereador custa R$ 6 milhões ao ano.

Mesmo assim, segundo o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), os parlamentares precisam de algo mais para ir ao plenário.

— Se a pauta não atrai o interesse do vereador, você tem dificuldade para despertar a atenção — resumiu.

Felippe sambou conforme a bateria e realizou ontem uma sessão extraordinária, que permite a elaboração da pauta em comum acordo com os colegas. As regras das votações nas sessões ordinárias não permitem essa flexibilidade.

— É a pauta da conveniência do vereador. É assim que será — explicou.

No acordo ficou estabelecido que as sessões das quintas-feiras serão sempre extraordinárias, para estimular a presença. Por coincidência, a quinta é o único dia em que a plenária é transmitida ao vivo pela Rio TV Câmara, e, este ano, tem eleição municipal.

Orgulho hétero
Por falar em eleição, o vereador Jairinho (PSC) afirmou que é mais importante estar nas ruas fiscalizando a aplicação das leis do que em plenário:

— Os vereadores devem focar no processo eleitoral. Devem ficar mais na rua, fiscalizando. Dá mais visibilidade.

No primeiro dia de trabalho do ano, os vereadores discutiram o polêmico projeto de Carlos Bolsonaro (PP), que cria o "Dia do orgulho hétero". Na justificativa, ele afirmou que os gays são responsáveis por disseminar o vírus da Aids, pelo aumento da criminalidade e pela desconstrução da família. Depois dos protestos do vereador Adilson Pires (PT), o autor retirou o projeto de pauta para reescrever a justificativa.



Fonte Extra Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/vereadores-do-rio-levaram-30-dias-para-fazer-primeira-sessao-do-ano-4325635.html#ixzz1pHWU8E2G 

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