segunda-feira, 28 de novembro de 2011

InJUSTIÇA NO RIO - Promotoria recorre contra absolvição de ex-PM no caso João Roberto

O Ministério Público do Rio entrou com recurso nesta segunda-feira contra a absolvição do ex-policial militar Elias Gonçalves da Costa Neto, acusado como responsável pela morte do menino João Roberto Amorim Soares, 3, em 2008.

Justiça absolve ex-PM acusado de matar menino João Roberto

Reprodução

João Roberto Amorim Soares, 3, morto por policiais militares ao ter o carro da mãe confundido com o de criminosos, no Rio
Neto foi absolvido no dia 24 pelo Tribunal do Júri. O recurso é do promotor de Justiça Riscalla João Abdenur. Para ele, a decisão do jurados, é contraditória.

Segundo o promotor, mesmo tendo considerado o ex-PM como autor da morte de João Roberto, os jurados decidiram absolvê-lo. Os jurados "reconheceram ser ele um dos autores, mas, por motivos desconhecidos, até mesmo da defesa, tomaram uma decisão contraditória", afirma Abdenur.

João Roberto foi assassinato em 2008 na Tijuca, zona norte, quando o carro em que estava com a mãe e o irmão de nove meses foi atingido por disparos da polícia. Os ex-PMs alegam ter confundido o veículo com outro, supostamente utilizado por criminosos. 

Em depoimento, Neto disse que fez apenas um disparo para o chão na noite da morte do menino e acusou o outro policial que estava no carro, William de Paula, de atirar contra o carro.

Em agosto, a Justiça condenou o Estado do Rio a pagar uma indenização de R$ 900 mil à família de João Roberto, além de uma pensão para seus pais e os custos do seu velório e enterro.

Na decisão, a juíza Maria Paula Galhardo afirmou que é inegável que a criança "faleceu em razão da ação direta dos agentes públicos, policiais militares". 
Em dezembro de 2008 William, o primeiro a ser julgado, foi condenado a sete meses de prisão em regime aberto. O Ministério Público recorreu e a sentença foi anulada. Ele aguarda em liberdade a abertura de um novo processo também no Tribunal do Júri.

Os dois foram expulsos da corporação. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário