sábado, 19 de novembro de 2011

GANGUE DOS EMPRÉSTIMOS NO RIO - Quadrilha do golpe do falso empréstimo tinha movimentação financeira intensa

POR MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - A movimentação financeira de integrantes da quadrilha do golpe do falso empréstimo, presa quinta-feira pela Delegacia de Defraudações, era tão intensa que um deles chegou a depositar em uma semana mais de R$ 12 mil. Outro teve a conta bloqueada por movimentação atípica. Nesta sexta-feira, pelo menos, 10 vítimas procuraram a Defraudações.

Eles são do bando de João Carlos Moura Filho líder do grupo e fundador da empresa falsa Alfa Rio Créditos. Ele e 16 pessoas foram presas na operação. Três estão foragidas. O grupo exigia pagamento de taxas para empréstimo, mas não davam o crédito e nem devolviam o dinheiro depositado. A negociação era feita pelo celular. Segundo a polícia, em cinco anos, o bando teria movimentado R$ 2 milhões.

Fotos: Reproduções e Alexandre Vieira / Agência O Dia

De acordo com as investigações, Keila Cristina de Oliveira Mota, que disse ser manicure com renda mensal de R$ 100, teria movimentado de 7 a 14 de fevereiro desse ano R$ 12.220 mil. Ela emprestava a conta bancária para o bando. Outro membro do grupo Sérgio Pimentel da Silva teve a conta bloqueada devido aos constantes depósitos das vítimas. Para liberar a conta, ele, que também foi preso, teve de comprovar a movimentação. Para isso, João teria viabilizado comprovantes de renda e notas fiscais.

Melhor amiga de Keila, Andréa Maria de Fátima Ferreira da Silva, uma das que negociavam as taxas com as vítimas pelo celular, atendia os telefonemas como Andréa Oliveira dos Santos. Segundo a polícia, com este nome abriu conta que utilizava para os depósitos realizados pelas vítimas, conseguiu ainda talões de cheque, cartão de crédito, telefone e fez várias compras. Ela se apresentava tembém pelo telefone como Ana Carolina, Fernanda e Rafaela.

A quadrilha contava ainda com os fornecedores de cheques conseguidos de forma ilícita. O principal dele era Robson da Silva, conhecido também como Binha e apontado pela polícia como repceptador de cheques. De acordo com as investigações, apenas em julho ele recebeu cerca de 20 telefonemas de pessoas querendo comprar talões ou folhas de cheques. Numa das escutas autorizadas pela Justiça Binha oferece seis talões por R$ 450. O esquema montado por Binha é chamado de ‘disque-venda de cheques’

 Fonte O Dia http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/11/quadrilha_do_golpe_do_falso_emprestimo_tinha_movimentacao_financeira_intensa_207204.html

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