Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CIDADES - Rede social que analisará satisfação de moradores sobre cidades é lançada

Marcelle Ribeiro (marcelle@sp.oglobo.com.br)

SÃO PAULO - Uma rede social focada exclusivamente no interesse público, criada para receber reclamações e avaliar o nível de satisfação dos cidadãos sobre a cidade em que vivem, foi lançada nesta quarta-feira, em São Paulo. O Brasil será o primeiro país do mundo a participar da rede, chamada "Myfuncity - Cidades Sustentáveis", que, segundo os criadores, é a primeira do mundo com esse enfoque e nível de sofisticação tecnológico. A ideia é fazer chegar a opinião dos moradores das cidades aos órgãos públicos de maneira fácil.

Nesta quarta-feira, a "Myfuncity - Cidades Sustentáveis" já está disponível para usuários no Facebook, em português e inglês, com compartilhamento no Twitter. No próximo dia 19 o aplicativo da rede para Iphone e Ipad poderá ser baixado gratuitamente na Applestore e haverá o lançamento internacional da rede nos Estados Unidos. No dia 30 de outubro, a versão para celulares que usam a plataforma Android estará disponível e em fevereiro de 2012, para RIM. Está previsto o lançamento também na Europa.

Nesta nova rede, o usuário se cadastra e ao fazer o login na rede social, o "Myfuncity - Cidades Sustentáveis" identificará num mapa o local onde o usuário está e sobre a qual responderá. No caso do Facebook, o internauta escreverá o endereço em que está. Depois, ele poderá dar a sua opinião - anonimamente ou não - respondendo perguntas de 11 temas relevantes de sua cidade: segurança, meio ambiente, limpeza urbana, transporte, nível de barulho, lazer, poluição visual, conservação de vias públicas, saúde, sinalização, arte e cultura. Para dar a opinião, bastará arrastar um botão sobre uma escala que mede o nível de satisfação em relação ao serviço público, numa escala de feições de agrado e desagrado tipicamente usada por internautas. Assim, por exemplo, o usuário encontrará perguntas como "Você está satisfeito com os parques públicos de sua cidade?" e responderá que sim arrastando um botão para um rosto sorridente. A cada hora, serão feitas perguntas diferentes sobre os temas.

O cidadão poderá escrever seu próprio comentário sobre os assuntos questionados, mandar fotos - como de um buraco de rua, por exemplo -, compartilhar suas opiniões com outros usuários e amigos no Facebook e no Twitter.

Além disso, o usuário sempre responderá sobre como está o seu humor naquele momento, pois os criadores da rede social acreditam que o humor de quem opinião influencia na avaliação feita.

Os cidadãos poderão ter acesso à opinião de outras pessoas sobre os temas perguntados e saber como o seu bairro está sendo avaliado.

Os órgãos públicos que se cadastrarem terão acesso às estatísticas, fotos e comentários dos usuários em tempo real.

- Mas se as prefeituras não se cadastrarem, nós vamos mandar relatórios todos os dias, às 18h, para rádios, jornais, televisões e a mídia brasileira, que vão receber estatísticas de como foi o dia na cidade - explica o presidente e um dos idealizadores do Myfuncity, o publicitário Mauro Motoryn.

Segundo Mauro, a rede dará mais poder ao cidadão. A expectativa é que até o final do primeiro semestre de 2012, ela tenha cerca de 10 milhões de usuários no Brasil e 50 milhões no mundo.

- O cidadão passa a ser protagonista da história. Ele vai dizer o que é bom para sua rua, para a cidade. Ele não vai depender do voto só a quatro anos, ele vota todo dia no que é melhor para a vida das cidades - afirmou Motoryn, que disse que não há nenhum serviço similar com o mesmo nível de sofisticação tecnológica que o Myfuncity.

A organização não-governamental paulista Rede Nossa São Paulo vai ajudar a formular as perguntas feitas aos usuários da rede social.

Na opinião do coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, com esta rede social será mais fácil fazer pressão nos governos por melhorias nos serviços públicos.

- Governos normalmente sofrem pressão. O problema é que a pressão às vezes é elitista, de quem tem poder para fazer pressão. O grande público às vezes tem dificuldade de fazer a pressão. Essa é uma maneira mais democrática de pressionar - disse.

Fonte O Globo  http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/10/05/rede-social-que-analisara-satisfacao-de-moradores-sobre-cidades-lancada-925518476.asp#ixzz1ZzwJTKpX

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