Atualizado em 16/09/2011 19h41
Contrato com atual empresa foi cancelado após denúncias de irregularidades.
Secretaria municipal de Ordem Pública informou que vai recorrer da decisão.
Do RJTV
O Tribunal de Contas do município do Rio suspendeu temporariamente o processo de licitação para a escolha da nova empresa que vai prestar o serviço de reboque. O contrato com a atual responsável pelo trabalho nas ruas, a Locanty, foi cancelado há dois meses pela própria prefeitura por causa de denúncias de irregularidades.
Em julho, a prefeitura decidiu cancelar o contrato após a polícia desarticular uma quadrilha que atuava num depósito público.
Uma empresa chamada MJ Barcelos locação de equipamentos entrou com uma representação contra o pregão. O processo foi julgado pelo conselheiro corregedor Jair Lins Netto. Mas ele não quis revelar o motivo da decisão favorável a empresa MJ Barcellos. O documento foi encaminhado então para a prefeitura que informou que vai recorrer da decisão.
Na representação, a MJ Barcelos elogia a prestação de serviços da Locanty. O documento diz que apesar das denúncias envolvendo funcionários da companhia em julho, a Locanty tem prestado um bom serviço. Por isso, não há necessidade da contratação de uma nova empresa.
A equipe do RJTV procurou a MJ Barcelos, no endereço que aparece no processo, na Rua Henry Ford, na Tijuca, na Zona Oeste. No local, fica um prédio residencial. Segundo o porteiro, há um bom tempo o representante da MJ Barcelos não mora lá.
A prefeitura chegou a marcar para o próximo dia 20 uma concorrência para a escolha de uma outra empresa para operar com o reboques e depósito.
A Secretaria municipal de Ordem Pública informou que vai recorrer da decisão. Quanto à reclamação da demora no atendimento nos depósitos da Locanty, a empresa admitiu problemas no sistema de informática.
Dezenove presos
Em julho, a polícia prendeu 19 pessoas suspeitas de anular multas, furtar carros do depósito e falsificar documentos para libertar veículos rebocados. A maioria dos presos trabalhava na Locanty. Um deles era funcionário da prefeitura. Uma reportagem do Fantástico, na época, mostrou como a quadrilha operava.
De acordo com o delegado da DRFA Márcio Mendonça, os veículos são recolhidos regularmente em ações da prefeitura por infrações ao Código Brasileiro de Trânsito ou por débitos de impostos como o IPVA. A quadrilha autorizava a retirada dos automóveis sem que os proprietários precisassem efetuar o pagamento de débitos efetivamente devidos.
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