22 de setembro de 2011
22h 02
CRISTIANE SAMARCO - Agência Estado
Não foi a vaga de ministro do Tribunal de Contas de União que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mergulhar na ofensiva política conduzida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para eleger sua mãe e deputada Ana Arraes para o TCU. Com o PSDB do senador Aécio Neves (MG) fazendo a corte ao governador e presidente nacional do PSB, o que Lula queria era `amarrar'' Campos ao PT.
Foi o próprio Lula quem revelou seu objetivo tático na operação TCU em conversa com um correligionário. Questionado sobre se a vitória não deixaria Campos "forte demais", na condição de comandante de uma articulação nacional e suprapartidária bem sucedida, o ex-presidente foi direto ao ponto: "Não. Isso vai prendê-lo ainda mais ao nosso lado".
22h 02
CRISTIANE SAMARCO - Agência Estado
Não foi a vaga de ministro do Tribunal de Contas de União que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mergulhar na ofensiva política conduzida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para eleger sua mãe e deputada Ana Arraes para o TCU. Com o PSDB do senador Aécio Neves (MG) fazendo a corte ao governador e presidente nacional do PSB, o que Lula queria era `amarrar'' Campos ao PT.
Foi o próprio Lula quem revelou seu objetivo tático na operação TCU em conversa com um correligionário. Questionado sobre se a vitória não deixaria Campos "forte demais", na condição de comandante de uma articulação nacional e suprapartidária bem sucedida, o ex-presidente foi direto ao ponto: "Não. Isso vai prendê-lo ainda mais ao nosso lado".
O secretário de governo de Pernambuco e deputado Maurício Rands (PT), que trabalhou votos até a última hora no plenário da Câmara para eleger Ana Arraes, diz não ter dúvida de que "o grande significado político da eleição foi reforçar a parceria progressista do PT com o PSB no âmbito da grande aliança que dá sustentação ao governo Dilma Rousseff". Ele entende que o fato é relevante porque dá mais equilíbrio interno à base governista e aproxima os dois partidos nas eleições municipais.
"PT e PSB saem muito mais próximos deste episódio", concorda o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, grato pela votação maciça dos petistas em Ana Arraes, a despeito da ala comandada pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), ter apoiado o adversário Aldo Rebelo (PC do B-SP). Nas contas dos socialistas, mais de dois terços da bancada do PT votou na candidata do partido.
O PSDB também ficou majoritariamente com Ana Arraes, mas a avaliação no tucanato é que nenhuma ala tem o que comemorar. De um lado, perderam os serristas que votaram em Aldo Rebelo. De outro, os aecistas que apostaram em parcerias futuras com o PSB de Campos tiveram de amargar derrota dupla
"PT e PSB saem muito mais próximos deste episódio", concorda o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, grato pela votação maciça dos petistas em Ana Arraes, a despeito da ala comandada pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), ter apoiado o adversário Aldo Rebelo (PC do B-SP). Nas contas dos socialistas, mais de dois terços da bancada do PT votou na candidata do partido.
O PSDB também ficou majoritariamente com Ana Arraes, mas a avaliação no tucanato é que nenhuma ala tem o que comemorar. De um lado, perderam os serristas que votaram em Aldo Rebelo. De outro, os aecistas que apostaram em parcerias futuras com o PSB de Campos tiveram de amargar derrota dupla
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