terça-feira, 11 de maio de 2010

PERSONAGENS POLÍTICOS / RIO DE JANEIRO - ANTHONY GAROTINHO

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    Anthony Garotinho Anthony Garotinho
Anthony William Matheus de Oliveira, conhecido como Anthony Garotinho (Campos dos Goytacazes, 18 de abril de 1960), é um radialista e político brasileiro. Foi o 58º governador do Rio de Janeiro e candidato à presidência da república em 2002.

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Carreira radialista

Começou sua carreira no rádio em Campos, no norte do estado Rio de Janeiro. Trabalhou na Rádio Nacional e na Rádio Tupi AM. Ganhou o apelido de "Garotinho" como radialista, ao narrar preliminares de jogos de futebol, na Rádio Cultura, de Campos, com apenas quinze anos de idade. Ao entrar no ar, o locutor apresentava-o desta maneira: "Agora, com vocês, o garotinho Anthony Matheus". O apelido pegou, mas rendeu a ele processo na Justiça contra o também radialista José Carlos Araújo, que utiliza o mesmo apelido como marca registrada. Este processo foi concluído com um acordo entre as partes.
Atualmente Garotinho está na Rádio Melodia das 7 às 8 da manhã apresentando o programa Palavra de Paz e na Rádio Manchete apresentando o programa Fala Garotinho de segunda a sexta das 9 da manhã até meio-dia.

Vida política, social e familiar

Garotinho e sua esposa são frequentemente considerados políticos populistas pois mantêm forte base eleitoral entre as camadas de baixa renda da população.[1] [2] [3]
Tornou-se uma marca registrada de suas práticas políticas os chamados "programas de um real", isto é, programas pelos quais serviços públicos são fornecidos a preços subsidiados à população - por exemplo: os restaurantes populares onde uma refeição é vendida a um real; o hotel de pernoite para trabalhadores de baixa renda que não possam deslocar-se diariamente a uma moradia na periferia, com uma diária também de um real e o desjejum a 35 centavos vendido em algumas estações ferroviárias. É necessário que se diga que as aplicações em tais programas tem-se realizado através de recursos orçamentários do fundo de pobreza, de saúde pública e de proteção ao meio ambiente, e tem sido acusados de representarem uma prática assistencialista como hoje acusam o presidente Lula em relação à bolsa família .[4]
Garotinho e Rosinha também são evangélicos. Sancionaram uma lei estadual, a pedido da Igreja Católica, através do Bispo Don Fillipo de Petrópolis, lei essa de autoria do Deputado Estadual Carlos Dias [1]também ligado à Cúpula da Igreja Católica, que garante a contratação de professores de religião na rede pública que necessitam ser indicados e aprovados pelas suas confissões religiosas. A lei tem sido acusada de inconstitucional por violar o princípio da laicidade do Estado, para oferecer uma base fundamentalista e criacionista. A própria Rosinha Matheus declarou-se como criacionista numa entrevista à imprensa.[5][6][7]
Tem nove filhos, dos quais cinco são adotivos.[8]

Carreira política

Ingressou na política como filiado ao PT, mas logo transferiu-se para o PDT, no qual permaneceu até 2000. Como radialista, em Campos dos Goytacazes, adquiriu fama por um programa assistencialista.
Foi prefeito de Campos - o maior município do norte fluminense - por duas vezes: 1989/1992 e 1997/1998 (abandonou o cargo em 1998 para se candidatar a governador). Na ocasião, a recém-descoberta riqueza petrolífera da Bacia de Campos e o apoio político de Leonel Brizola, de quem foi Secretário de Estado de Agricultura, lhe alavancaram a carreira política.

Governador do Rio de Janeiro

Em 1994, concorreu ao governo estadual do Rio de Janeiro, sendo o segundo candidato mais votado (o eleito, na ocasião, foi o ex-prefeito da capital Marcello Alencar). Quatro anos depois, concorreu novamente e, com uma ampla coalizão de partidos de esquerda (incluindo PDT, PT, PSB e PC do B), foi eleito.
Seu governo foi marcado por polêmicas principalmente no campo da segurança pública e da assistência social. Segundo o jornalista Jânio de Freitas da Folha de São Paulo, no dia 3 de abril de 2005, não houve na história dos governos do Rio de Janeiro quem tivesse mais investido recursos em segurança que os governos Garotinho e Rosinha[2]
No seu governo foi inaugurada a estação Siqueira Campos da Linha 1 do Metrô do Rio de Janeiro e no de sua esposa Rosinha a estação de Cantagalo [3]

Candidatura a presidência

Deixou o PDT em 2000, por divergências com Brizola (principalmente sobre as eleições municipais daquele ano), passando para o PSB. Por este partido, concorreu à presidência da República em 2002 e lançou a candidatura de sua esposa Rosinha Matheus à própria sucessão, no mesmo ano. Perdeu a presidência (sendo o terceiro mais votado, com 15 milhões de votos), mas Rosinha foi eleita no primeiro turno.

Continuação da carreira política

Em 2003, mudou novamente de partido, ingressando no PMDB. Assumiu, de 2003 a 2004, o cargo de secretário estadual de Segurança.
Em 2006, exerce o cargo de secretário estadual de Governo do Rio de Janeiro e é presidente do PMDB no estado. Garotinho foi escolhido no dia 19 de Março como candidato do PMDB à presidência da República por meio de uma consulta aprovada pela Direção do Partido, apesar da polêmica judicial sobre sua realização. Porém, com a decisão do TSE em favor da verticalização das coligações partidárias, o partido optou por não lançar candidato à Presidência e se aliar ao candidato a presidente Lula.
Foi acusado por setores da imprensa de um suposto recebimento de dinheiro impróprio para as suas campanhas, devido a isso, ele se declarou vítima de parte da imprensa (Veja e Globo e do próprio "governo Lula"), que, diz ele, não deram o mesmo espaço para a sua defesa como o que é dado para as denúncias. Em protesto a tudo isso ele resolveu entrar em uma greve de fome, iniciada em 30 de abril, que durou tão somente 11 dias. O processo contra Garotinho tramita na justiça.
Em 29 de maio de 2008, o ex-chefe de polícia de seu governo, o deputado Álvaro Lins, foi preso pela Polícia Federal em seu apartamento, tendo o MPF pedido o indiciamento de Garotinho por formação de quadrilha armada[9]. Essa denuncia ainda não foi examinada pelo Judiciário e estranhada pelo jornalista Jânio de Freitas da Folha de São Paulo, citado pelo colunista político Sebastião Nery, questionando a acusação do procurador como precipitada e movida por injunção política num caso criminal, caso não tenha provas[4]. A propósito, foi a Folha de São Paulo que reconheceu no dia 03 de abril de 2005, em artigo também do jornalista Jânio de Freitas, como um dos mais fatos mais positivos a ação do ex-governador de expulsar mais de 1.000 policiais envolvidos com o crime, a despeito de reações corporativas [5] O governador Garotinho realizou feitos administrativos importantes, como por exemplo, o de ter dado, através de lei que propôs à ALERJ, autonomia de gestão das verbas do Poder Judiciário, fato inédito no Brasil e que mereceu reconhecimento público do presidente do Tribunal e Desembargador Miguel Pachá em matéria na Isto É, em 11/01/2003[6]. Porém uma das obras do ex-governador considerada mais importante foi a Delegacia Legal que foi indicada pela ONU para o premio em Dubai de Boas Práticas e elogiada pelo Assessor da ONU para direitos humanos, Mr. Nigel Rodley, em 2001, como um modelo a ser imitado[http://www.comunidadesegura.org/pt-br/node/30919, ainda em 2008 sua esposa e ex-governadora Rosinha Garotinho foi eleita prefeita de Campos dos Goytacazes,e sua filha Clarissa Garotinho,foi eleita vereadora na cidade do Rio.
Em junho de 2009 Garotinho deixa o PMDB por divergências com o governador Sérgio Cabral Filho e opta pelo PR, assumindo a presidência regional desta legenda.

Ligações externas

Referências



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