segunda-feira, 12 de abril de 2010

SÃO PAULO/COTIDIANO - Estabelecimentos não distribuem gorjetas a garçons em SP, diz sindicato

401 denúncias feitas anonimamente serão encaminhadas à CPI.
400 mil trabalham no setor no estado.

Do G1, em São Paulo

A gorjeta é opcional, como está na conta, mas se for cobrada o repasse ao garçom passa a ser obrigatório. (Foto: Marcelo Mora/G1)

Dos 401 estabelecimentos que foram denunciados por não repassar as gorjetas a garçons, 218 não repassam absolutamente nada a seus funcionários. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Bares, Hotéis, Sindicatos e Similares do Estado de São Paulo (Sinthoresp). Os outros 183 distribuem apenas uma parte do que é pago pelos clientes.

As denúncias feitas anonimamente por telefone (0800 77 171 04) serão agora encaminhadas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Gorjetas, que será instaurada na terça-feira (13), na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Segundo o Sinthoresp, todas as denúncias foram feitas nos últimos 35 dias, ou seja, uma média de 12 por dia. Das 401 reclamações, 319 foram feitas por funcionários dos estabelecimentos e 82 por consumidores.

A intenção da CPI proposta pela deputada Maria Lúcia Amaray (PSDB) é, além de investigar as denúncias, instituir multa para os estabelecimentos que não realizam a distribuição da gorjeta. A multa seria de um salário mínimo por funcionário que deixar de receber o rateio.

Segundo o Sinthoresp, 400 mil pessoas estão empregadas formalmente no setor no estado. Em todo o Brasil, o número passa de 1 milhão.



 


 

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