terça-feira, 6 de abril de 2010

RIO DE JANEIRO/GOVERJ/CHUVAS - Sérgio Cabral decreta luto oficial de três dias



Governador alerta para quem mora em área de risco, que procure abrigo na casa de parentes

Rio - O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias pelas vítimas das fortes chuvas que caem sem parar, desde o fim da tarde de segunda-feira, no Rio. Ele pediu a quem mora em áreas de risco ou vizinhas a locais que já deslizaram que procure abrigo na casa de um parente ou espaços públicos, como ginásios e igrejas, para se abrigar. "O mais importante agora é evitar o mal maior, que é a perda de vidas. Quem vive em locais de risco, deve procurar abrigo em lugares seguros", disse Cabral.
Nesta quarta-feira, às 10h, o governador terá uma reunião de trabalho no gabinete do prefeito de Niterói, Jorge RobertoSilveira, para avaliar os estragos das chuvas e os investimentos necessários, não só neste município, mas também nas cidadesde São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, cujos prefeitos estarão presentes.
O ministro da Integração Nacional, João Santana, virá de Brasília para acompanhar o governador no encontro junto com osecretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. Às 11h30m, ogovernador e seu vice, Luiz Fernando Pezão,Côrtes, Machado e o ministro João Santana vão se reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Centro de Comando e Controle da CET-Rio, com o mesmo objetivo.
Nas entrevistas que concedeu nesta terça-feira, Cabral falou dos diversos investimentos feitos pelo estado para combaterenchentes. Citou o aparelhamento do Corpo de Bombeiros e a necessidade de ampliar obras de contenção em áreas de risco.
"O Rio está enfrentando a maior chuva de sua história, mas, mesmo assim,nada justifica o alto número de mortes. São terríveisos transtornos que a população está enfrentando, mas tudo se torna relativo quando comparado às pessoas que perderam a vida
em decorrência da chuva. É para evitar calamidades como essa que estamos fazendo obras de contenção e urbanização em comunidades, em parceria com o governo federal, que vão ajudar a diminuir a quantidade de pessoas vivendo em encostas. Sóna Rocinha, os investimentos somam R$ 300 milhões. Investimos também R$ 120 milhões em equipamentos para o Corpo de Bombeiros, o que garante condições de trabalho em situações assim", afirmou.
O governador disse ainda que a tragédia foi agravada por ocupações irregulares e voltou a defender a construção de muros em torno de comunidades para frear a ocupação irregular do solo. "No Rio de Janeiro entra ano, sai ano e essa missão da ocupação do solo urbano não é tratada com a devida seriedade. Quando dissemos que construiríamos um muro na Rocinha, íamos garantir a vida das pessoas. Não é possível a construção irregular continuar. Quase todas as pessoas que morreram estavam em áreas de risco. Junto com o trabalho ininterrupto para recuperar os estragos, o momento também é de refletir a respeito de políticas públicas para evitar a ocupação desses locais de risco", disse.
Após conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve no Rio nesta terça-feira, Cabral ressaltou que Governo Federal já se pôs à disposição para ajudar o Rio. "O ministro da Justiça, Luiz Barreto, já nos ofereceu aeronaves para apoiar nos resgates, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, também está atento para nos ajudar com o que for preciso", completou.


 


 

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