domingo, 4 de abril de 2010

CASO SEAN GOLDMAN - Advogado diz que Sean Goldman está em cárcere privado nos EUA






São Paulo - Uma decisão da Justiça de Nova Jersey tomada na última quinta-feira proibiu a visita da avó materna do garoto Sean Goldman, que deixou o Brasil em dezembro para viver com o pai David Goldman, após uma longa batalha judicial. Segundo o advogado Ricardo Tostes, que defende a família brasileira do menino, Sean está em uma espécie de "cárcere privado" nos EUA, sem poder se comunicar com sua família brasileira.
"Desde que ele foi levado do Brasil, a avó não conseguiu mais vê-lo. Ela está nos EUA há três semanas, mas a visita não será possível", disse. Segundo o advogado, Silvana Bianchi, avó do menino, retorna amanhã ao Brasil. "Vou me reunir com ela para que possamos tomar uma decisão sobre o que vamos fazer", diz.
Tostes afirma que a decisão da Justiça americana foi tomada mesmo depois da avó ter ido aos EUA e tentado de todas as maneiras um acerto amigável com o pai de Sean. O advogado disse que, durante uma reunião entre a avó e David Goldman, um psicólogo que cuida do menino considerou necessária para Sean a visita dos parentes.
"A ação no Brasil continua e esta atitude da juiza americana reforça a tese de que é indispensável que o menino seja ouvido para manifestar a sua vontade. É o que estamos defendendo no Supremo Tribunal Federal brasileiro", afirmou.
Entenda o caso
David Goldman, o pai biológico de Sean, lutou para ter a guarda do filho desde a morte de sua ex-companheira, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro. A briga pela guarda começou em 2004, quando Bruna deixou Goldman para uma suposta viagem de férias de duas semanas com o filho ao Brasil. Eles viviam na cidade de Titon Falls, Estado de New Jersey (EUA). Ao desembarcar no País, contudo, Bruna telefonou ao marido avisando que o casamento estava acabado e que não voltaria aos Estados Unidos.
A partir disso, foi travada uma batalha judicial pela guarda do garoto, na época com 4 anos. No Brasil, a Justiça reconheceu o divórcio pedido por Bruna sem a concordância de Goldman. Diante das leis americanas, eles permaneciam casados. Livre do compromisso com Goldman, Bruna se casou novamente com o advogado João Paulo Lins e Silva, mas no parto do segundo filho ela morreu, em 2008.
Diante da ausência da mulher, David Goldman veio ao Brasil na tentativa de levar o filho de volta aos Estados Unidos. Desde então, ele brigou pela guarda do garoto nos tribunais brasileiros, contra o padrasto de Sean e seus avós maternos.


 


 

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