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domingo, 14 de março de 2010

SÃO PAULO/SEGURANÇA PÚBLICA/CASO GLAUCO - Motorista de assassino de Glauco se entrega à polícia


ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
da Folha Online
Felipe Iasi, 23, o motorista que levou Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, até a casa do cartunista Glauco Vilas Boas, 53, se entregou à polícia na tarde deste domingo (14).
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Ele disse aos policiais que foi sequestrado por Cadu, como é conhecido o acusado de matar o cartunista e seu filho Raoni, 25, na madrugada de sexta-feira (12).
Em sua página na rede social Orkut, Felipe é amigo de Cadu e está nas mesmas comunidades da rede do acusado de matar Glauco e seu filho. No Orkut, os dois amigos são fãs do bairro Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, do cantor Bob Marley, de festas raves e e estão na comunidade "Eu amo a minha mãe".
Caso
O cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e de seu filho Raoni, 25, foram mortos a tiros na casa do cartunista, em Osasco (Grande São Paulo), na madrugada de sexta-feira (12).
Segundo as testemunhas, o suspeito chegou ao local e rendeu a enteada de 30 anos, que mora em uma casa no mesmo terreno. Glauco e a mulher Bia ouviram gritos, foram ao quintal, e começaram a conversar com Nunes.
Ele era conhecido da família por já ter frequentado a igreja Céu de Maria, que segue os princípios do Santo Daime e foi fundada por Glauco.
Segundo o relato das testemunhas, Cadu, como era conhecido o estudante, delirava e queria levar todos para a casa de sua mãe, em São Paulo, com o objetivo de afirmarem à mulher que ele era Jesus Cristo. Ele estava armado com uma pistola automática e uma faca.
Glauco tentou negociar com Nunes para ir sozinho, e chegou a ser agredido. De acordo com o delegado Archimedes Veras Júnior, responsável pela investigação, Glauco não reagiu.
No meio da discussão, porém, Raoni chegou ao local de carro. Em seguida, Cadu atirou contra pai e filho, mas os motivos ainda não foram esclarecidos. Os dois chegaram a ser atendidos no hospital, mas não resistiram e morreram.
Enterro
Os corpos do cartunista e de seu filho Raoni foram enterrados na manhã de sábado (13), no cemitério Gethsêmani Anhanguera, zona norte de São Paulo.
A viúva de Glauco, Beatriz Galvão, conhecida como Madrinha Bia na igreja que liderava ao lado do marido, estava inconsolável e abatida, apesar de confortada por amigos. Houve comoção durante a cerimônia, o caixão do cartunista da Folha ficou coberto com um bandeira do Corinthians, e posteriormente com outra do Santo Daime, que contém uma cruz e uma estrela de seis pontas); o caixão de Raoni levava uma bandeira do São Paulo.
Durante toda a cerimônia fúnebre, fiéis daimistas entoaram os cânticos do Santo Daime, especialmente os contidos nos hinários compostos por Glauco.
O cortejo com os corpos chegou ao cemitério às 9h30. O velório começara quase 18 horas antes, na tarde de sexta-feira (12). Ocorreu na igreja Céu de Maria, da qual Glauco é fundador. A igreja ficava ao lado de sua casa e do local em que foram assassinados Glauco e seu filho, Raoni.

Jorge Araújo/Folha Imagem
Familiares e amigos se despedem do cartunista Glauco e de seu filho
 Raoni no cemitério Gethsêmani Anhanguera
Familiares e amigos se despedem do cartunista Glauco e de seu filho Raoni no cemitério Gethsêmani Anhanguera
Disque Denúncia
Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro do estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e seu filho Raoni, 25, deve alertar as autoridades públicas. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), as informações podem ser fornecidas através do 181, o Disque Denúncia, e terá sigilo absoluto sobre sua identidade. O denunciante ainda pode comparecer à delegacia de polícia mais próxima.

 


 

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