quinta-feira, 11 de março de 2010

RIO DE JANEIRO/SEGURANÇA PÚBLICA - Operação deixa 7 mortos na Rocinha; chefe do tráfico escapou

A Polícia Civil tinha a informação, agiu com armamento pesado, mas a operação na Rocinha não atingiu o principal objetivo. O chefe do tráfico da favela, mais conhecido como “Nem”, conseguiu escapar
 

Na tarde desta segunda-feira, os helicópteros chegaram primeiro. Foram três aeronaves, uma delas blindada, deslocadas para a operação. Logo depois, 80 policiais de cinco delegacias especializadas chegaram na Rocinha para tentar prender o chefe do tráfico na favela.

A Polícia Civil resolveu fazer a operação nesta quinta-feira, às 13h, porque sabia o local onde o criminoso estaria. Os policiais receberam a informação de que Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem”, traficante que comanda a venda de drogas na Rocinha, estaria reunido em uma casa com cerca de, pelo menos, 20 bandidos.

Quando os agentes chegaram de helicóptero, houve intenso tiroteio, mas o criminoso conseguiu escapar. Em frente à casa, há várias marcas de balas no chão. Na fuga, sete traficantes morreram. Um deles, de acordo com os investigadores, seria o segundo bandido mais importante na hierarquia da quadrilha. Um suspeito foi preso.

Uma adolescente de 13 anos foi ferida por estilhaços, e chegou a ser levada para o hospital. Ela já foi liberada.

Por causa do confronto, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram interrompidas na favela. Mas, segundo a prefeitura, as escolas e creches funcionaram normalmente. O trânsito na Autoestrada Lagoa-Barra ficou engarrafado.

Várias armas foram apreendidas, entre elas uma metralhadora antiaérea. A polícia planeja fazer outras operações para prender o traficante “Nem”. “Nós não vamos parar enquanto não prendê-lo e enquanto essa quadrilha estiver atuando”, afirmou o subchefe de polícia, Carlos Oliveira. 

 

 

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