quarta-feira, 17 de março de 2010

RIO DE JANEIRO/ROYALTIES - Manifestantes começam a chegar na Candelária

Apesar da chuva, diversas pessoas começam a se concentrar no Centro

Rio - Apesar da chuva que cai no Rio nesta quarta-feira, muitas pessoas já se concentram na praça da Candelária, onde terá início a partir das 16h, uma caminhada até a Cinelândia, contra as mudanças na distribuição do dinheiro do petróleo, que pode prejudicar muito o Rio de Janeiro.
O governador Sérgio Cabral convocou toda a população. Está prevista a participação de caravanas que estão vindo de todo o interior do estado e até do Espírito Santo. Cerca de cem ônibus saíram de Campos às 8h e outros 145 virão da Baixada.
Servidores ganharam ponto facultativo no período da tarde. Ao todo são esperadas cerca de 150 mil pessoas. Estão confirmadas as presenças de vários artistas e cantores. Foram convidados grupos de pagode, de samba, Fernanda Abreu, Alcione, Gustavo Lins, Leandro Sapucahy, Neguinho da Beija-Flor, entre outros.
Por volta das 12h, estavam sendo feitos testes de som e luz. Há um grande esquema da polícia militar, da Comlurb e da CET-Rio. A PM recomenda que os adultos não levem crianças e que a população opte pelo transporte público. Há também um posto de saúde emergencial, caso seja necessário.
Orçamento do Estado comprometido
O Estado do Rio sofreu uma grande derrota no jogo político sobre o destino dos recursos do pré-sal. Com a aprovação, no último dia 3, na Câmara, do texto-base que capitaliza a Petrobras, boa parte dos recursos que seriam destinados ao estado, graças à participação especial, seguirá diretamente para a estatal. Isso representará perda de R$ 22,9 bilhões para o Rio. O estado continua com direito aos royalties, mas em dinheiro a quantidade equivale a apenas 1/3 do que era recebido com a participação especial.
O conflito foi teve seu ápice quando o Rio foi surpreendido pela escandalosa votação de 368 votos a 73, com duas abstenções, à Emenda Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que altera os critérios de pagamento dessas compensações, retirando do estado 97% da arrecadação, comprometendo orçamento, investimentos em segurança, saúde, saneamento , os salários de servidores e até as Olimpíadas de 2016. A partir daí, começou a mobilização contra a redução dos royalties de R$ 7,5 bilhões ano para R$ 223 milhões.

Indignação da população está nas ruas desde a ameaça, revelada por O DIA
A indignação do Estado do Rio de Janeiro com a assustadora proposta de redistribuição do dinheiro dos royalties e das participações especiais da produção de petróleo não começou na semana passada. Desde setembro do ano passado, quando o governo federal apresentou os projetos de lei do novo marco regulatório do pré-sal, O DIA acompanha o debate que polarizou estados e municípios produtores e não produtores.

 

 

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