quinta-feira, 25 de março de 2010

RIO DE JANEIRO/GOVERJ/TRANSPORTES - Passageiros fazem quebra-quebra em estação de trem de Saracuruna



Um grupo resolveu protestar contra os atrasos nos trens, mas o que eles fizeram foi piorar a vida da milhares de pessoas que dependem do transporte. Comente esta reportagem.



Eram 7h15 da manhã, horário em que milhares de passageiros dependem dos trens para chegar ao trabalho. Segundo a Supervia, os trens que partiram às 6h31 e às 6h58 apresentaram problemas. Os passageiros, revoltados, começaram a promover um quebra-quebra na estação de Saracuruna.

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Um passageiro gravou com o celular imagens da confusão – veja no vídeo. Elas mostram um trem pegando fogo. A fumaça tomou conta do vagão. Com um pedaço de madeira, um homem destruiu o teto do guichê. Ele consegue invadir a cabine e em seguida um grupo entra também. Um deles sai carregando um ventilador.

Os bombeiros foram chamados e logo controlaram o incêndio. Uma mulher ficou levemente ferida e a Polícia Militar reforçou a segurança.

Por causa do tumulto, a Supervia alterou a circulação no ramal. Os trens que saíam da Central do Brasil só iam até Campos Elíseos, duas estações antes de Saracuruna. A plataforma e as passarelas ficaram lotadas. Muita gente reclamou. Um passageiro saiu da estação para fugir o quebra-quebra, mas depois não conseguiu voltar. “Eu pago e não posso entrar, porque eles não querem deixar”, reclamou ele.

A Supervia informou que a circulação dos trens voltou ao normal às 8h44 da manhã. O repórter Rogério Coutinho também acompanhou esta manhã tumultuada em Saracuruna e ouviu passageiros – veja em vídeo.

Em outubro, um trem quebrou e atrasou a circulação no ramal de Japeri. Passageiros revoltados também fizeram um quebra-quebra na estação de Nilópolis. Em Mesquita, uma composição foi incendiada.

Dias depois, a Central do Brasil ficou fechada por uma hora e meia, por causa de uma queda de energia, e a polícia teve que conter um tumulto entre passageiros. Segundo a perícia, pedras usadas no calçamento de ruas foram jogadas do alto de um viaduto e danificaram o equipamento que fazia a ligação elétrica de um trem, o que provocou o problema.

O diretor de marketing da Supervia, José Carlos Leitão, explicou os problemas ocorridos em Saracuruna: “Aconteceram dois problemas seguidos. Duas partidas não foram realizadas na hora de pico da estação, entre 6h e 7h. Muita gente já tinha embarcado e essas pessoas foram para a via. O trem seguinte não pôde partir, porque havia pessoas na via, impedindo que o trem saísse. As pessoas solicitaram a devolução do dinheiro. Nós não temos dinheiro em espécie para devolver as passagens, mas devolvemos o vale-viagem. O atraso na partida é uma situação lamentável, peço desculpas aos passageiros, mas peço também que as pessoas tenham um pouco de paciência”.

 


 

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